Calor e descuido com focos do Aedes ajudam a manter em alta casos de dengue

Raul Mariano e Renata Galdino
31/05/2019 às 20:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:54
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Os casos de dengue confirmados em Belo Horizonte subiram quase 27% em apenas sete dias. No período, a média foi de 791 diagnósticos a cada 24 horas. Desde janeiro, 26,1 mil pessoas foram contaminadas pelo Aedes aegypti na capital, conforme dados divulgados nessa sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

Outras 52.767 pessoas aguardam resultados de exames que podem indicar se elas também foram infectadas. Já as mortes em decorrência da doença chegaram a 11 em 2019. De acordo com a SMSA, sete delas referem-se a pacientes que já tinham outras enfermidades, males que contribuíram para as complicações do quadro de saúde.

Apesar da redução no número de casos confirmados da doença em maio na comparação com abril – foram 7 mil notificações a menos –, especialistas dizem que manter o alerta contra a doença é fundamental.

Coordenadora do curso de enfermagem das Faculdades Promove, Débora Gomes Pinto afirma que a queda não garante que a situação esteja sob controle. 

Ela explica que se o clima continuar quente nos próximos meses, as notificações podem voltar a subir. “Mas a conscientização da população também faz toda diferença. As pessoas já sabem o que deve ser feito. Só falta fazerem”, destaca.

A professora ressalta a importância de se evitar o acúmulo de água no ambiente doméstico, uma vez que esse é cenário principal para proliferação do mosquito transmissor da dengue. “A reprodução (do inseto) acontece de forma muito rápida. O grande erro é achar que está tudo controlado”, avisa a professora. 

Explosão

Conforme o Hoje em Dia mostrou na edição da última quarta-feira, os óbitos por dengue em todo o Estado cresceram 160% em maio. Os casos prováveis – soma dos confirmados e suspeitos – também explodiram, com um salto de 130 mil casos em 21 dias.

Desde 2010, os únicos anos que tiveram registros superiores aos atuais foram 2016, com 519 mil, e 2013, com 414 mil. Para a coordenadora do curso de enfermagem das Faculdades Promove, Débora Gomes Pinto, os números tendem a aumentar ainda mais no Estado. 

Chikungunya 

Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram notificados 178 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte neste ano. 

Foram confirmados 31 casos, dentre os quais nove contraídos no município, nove importados e 13 com origem indefinida.

Já em relação à zika, foram registradas 196 notificações em pessoas que vivem na capital mineira, mas apenas uma foi confirmada. Outros 95 casos foram descartados após a realização de exames laboratoriais.Editoria de Arte

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