Calor, férias e chuvas mais que dobraram afogamentos no Estado em janeiro deste ano

Renata Galdino
@renatagaldinoa
09/03/2020 às 17:53.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:53
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

As tempestades intensas e o calor típico de janeiro deixaram um triste saldo: os chamados relacionados a afogamentos, em Minas Gerais, mais do que dobraram no primeiro mês de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 229 ocorrências, com 28 mortes, contra 112 em 2019 - com 49 óbitos.Corpo de Bombeiros/Divulgação

São acidentes em cachoeiras, rios, balneários e piscinas. “Uma das explicações é o grande volume de chuva, que altera as condições dos rios, aumenta a profundidade e o curso”, destaca o aspirante André Luiz Oliveira Veloso, do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros.

Só no primeiro dia de 2020, pelo menos cinco mortes por afogamento foram registradas no Estado. Em Guapé, na região Sul, três pessoas perderam a vida após uma cabeça d’água em um complexo de cachoeiras do Parque Ecológico do Paredão, a 15 quilômetros da cidade. Várias pessoas foram levadas pela enxurrada e dezenas de turistas ficaram ilhados. 

O fenômeno acontece quando há rápida elevação do nível de água depois de um temporal somado ao forte calor e alta umidade do ar. O aspirante André Luiz observa que, em época de chuva, é essencial saber se naquele determinado local há perigo de algo do tipo ocorrer. “Cheque a previsão do tempo”.

Recomendações

Evitar nadar sozinho, principalmente em locais desconhecidos, nem ingerir bebida alcóolica antes de entrar na água são recomendações do militar. “Não mergulhe em áreas onde não se sabe qual a profundidade e não dê saltos, pois pode machucar e causar lesões irreversíveis e até a morte”, alerta o aspirante.

Além disso, quem presenciar afogamentos não deve entrar na água e tentar socorrer a vítima. A orientação é lançar algum material, como corda e boia. 

Apesar do crescimento dos números de chamados no Estado, o aspirante André Luiz destaca a redução no número de mortes no primeiro mês de 2020. "Graças às ações preventivas que fizemos", afirma o bombeiro.

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