Calouro vai atrás de bolsa de estudo para entrar na universidade

Igor Patrick
ipsilva@hojeemdia.com.br
15/06/2016 às 18:03.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:55

Sem financiamento subsidiado e com a expectativa de mudanças no ProUni, a opção de potenciais calouros é procurar por bolsas. Segundo a vice-reitora da PUC Minas, Patrícia Bernardes, a universidade oferece bolsas integrais a qualquer aluno de licenciatura que for aprovado no vestibular e comprovar não ter condição de arcar com a mensalidade.

“Não há limite de vagas, temos dezenas de bolsistas na história, na pedagogia, na geografia, letras, entre outros”, conta Patrícia, que encara a política como uma forma de fomentar a formação de professores.

Para ter acesso ao benefício, o calouro deve declarar, no momento da matrícula, que não pode pagar a faculdade. O setor de Assuntos Comunitários faz, assim, uma análise de documentos exigidos para comprovar a renda e decide se implementa ou não o benefício. Já os veteranos podem disputar o Destaque Acadêmico, disponível para alunos com média semestral superior a 80 pontos em todas as matérias. Ao menos um aluno de cada graduação é escolhido e, como prêmio, recebe desconto de 50% nas mensalidades do semestre seguinte.

A UNA tem um programa parecido, mas para alunos de graduação que desejam seguir na pós. Os três melhores estudantes de cada curso são premiados na formatura com medalhas de ouro, prata e bronze que equivalem a descontos de 50%, 40% e 30%, respectivamente, nas mensalidades da pós. O benefício vale por um ano.

Busca na internet

Outra forma eficiente de buscar bolsas é pela internet. Criado por Bernardo de Pádua, ex-aluno do ITA, o “Quero Bolsa” negocia com universidades descontos nas mensalidades de calouros. O site surgiu em 2012 inspirado por buscadores de preço como Bondfaro e Decolar. Atualmente, possui 500 instituições parceiras em todo o país e quase 70 mil bolsas implementadas desde o surgimento. 

André Martins Narciso, diretor da instituição, diz que as universidades entenderam o momento econômico difícil e estão dispostas a se abrir mais para a negociação. “Antes, elas estavam mais fechadas para esse tipo de política, mas com a crise perceberam que precisam ser mais flexíveis. No início, as empresas repassavam pra gente descontos em cursos que não completavam turma, era o que sobrava. Agora não. Há grande variedade em todas as áreas de estudo”.

O acesso ao Quero Bolsa é gratuito. Para conseguir o benefício, porém, o candidato precisa pagar uma taxa que varia de R$ 150 até o valor da primeira mensalidade (quando essa é isenta pela universidade parceira).

500 mil bolsas de estudo são oferecidas ao longo do semestre pelo “Quero Bolsa”
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