Caminhoneiros fecham 8 trechos em rodovias de Minas Gerais

Hoje em Dia
24/02/2015 às 07:42.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:07
 (PRF)

(PRF)

A manifestação de caminhoneiros continua nesta terça-feira (24). São 8 os trechos bloqueados em três rodovias mineiras. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-381, os manifestantes interditaram a via em Igarapé, Oliveira, Perdões, Igarapé, Timóteo e Barão de Cocais. Na BR-262, está impedida a passagem por Juatuba. Na BR-040, o protesto acontece em Nova Lima e Congonhas.

O entrocamento da BR-262, com a BR-116, em Realeza, chegou a ficar fechado desde a noite dessa segunda-feira (23), mas foi liberado na tarde desta terça-feira, segundo a PRF. Outros trechos liberados nesta terça foram em Paraopeba, na BR-040, e a BR-251, em Montes Claros, no Norte do Estado. Na BR-381, o trevo de Itabira também chegou a ser fechado, mas foi liberado durante a noite.

Somente na BR-381, no trecho conhecido como Fernão Dias, os quatro pontos sob a responsabilidade da concessionária Fernão Dias, totalizam 38 quilômetros de congestionamentos na tarde desta terça-feira. Já na BR-040, segundo a empresa Via 040, são 16 quilômetros de retenção, nos três pontos da rodovia.

Os protestos começaram nesse domingo (22), devido ao valor elevado do diesel, ao baixo preço do frete e a longa jornada de trabalho imposta à categoria, segundo os caminhoneiros.
 
Em todos os trechos afetados pelo protesto, as carretas e os caminhões estão sendo impedidos de passar. Carros de passeio, motocicletas, ambulâncias e demais veículos circulam nas rodovias. Mesmo assim, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as intervenções causaram congestionamentos nestas regiões.
 
Reivindicação
 
Os caminhoneiros apresentam três reivindicações. A primeira é em relação ao valor do Diesel. "O combustível não pode comprometer mais do que 40% do nosso orçamento. E ele tem comprometido cerca de 70%", disse o caminhoneiro Carlos Henrique Anselmo, um dos participantes do movimento.
 
A outra é o baixo do valor do frete. Segundo o caminhoneiro autônomo Renato Martins de Almeida, que também participa do protesto, pedágio e abastecimento ficaram mais caros, mas o frete permanece o mesmo. "Não estamos tendo lucro suficiente", lamentou.
 
A terceira reivindicação se refere a Lei 12.619 de 2012, que estipula normas trabalhistas para caminhoneiros. Uma delas determina que eles circulem apenas oito horas por dia. "Não nos dão condições de ter que parar na estrada a cada 8h. Além disso a viagem vai ficar mais longa e não querem aumentar nosso salário pra isso", afirmou Renato.

Atualizado às 21h29.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por