Candidatos ao governo de Minas apresentam propostas para conter fugas de presos no Estado

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
17/09/2018 às 20:34.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:30
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Oito dos nove candidatos ao governo de Minas comentaram propostas para reduzir o número de fugas nos presídios do Estado. Apenas Jordano Metalúrgico (PSTU) não foi localizado nem atendeu às ligações da reportagem. Veja a proposta de cada postulante:

Adalclever Lopes (MDB)
Pretende fazer novas parcerias público-privadas (PPP) para a construção de presídios e a modernização dos que já existem. Acredita que, com a ampliação de vagas, haverá redução das fugas. A gestão das unidades permanece com o Estado.

Antonio Anastasia (PSDB)
Considera a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) o melhor sistema de ressocialização existente no país, com número menor de fugas se comparado às demais unidades prisionais. Propõe abrir mais Apacs em parcerias com a sociedade civil e por meio de PPPs.

Claudiney Dulim (Avante)
Para ele, a superlotação e as fugas podem ser solucionadas nos próximos seis anos com a construção de novos presídios por meio de parcerias público-privadas. Também defende o ingresso de detentos condenados por crimes de menor potencial ofensivo nas Apacs.

Dirlene Marques (Psol)
Propõe a criação do programa Segurança Cidadã, que integrará as instituições e servidores do sistema de segurança pública, com redução de prisões provisórias e incentivo às penas alternativas e audiências de custódia, além de maior acesso à Defensoria Pública.

Fernando Pimentel (PT)
Atual governador de Minas, ele afirma que irá ampliar as ações para reabilitação de presos. Pimentel defende políticas públicas para aumentar as vagas de trabalho para detentos e a inclusão de mais presos em programas educacionais e de ascensão social. Novas vagas em Apacs e humanização do trabalho dos servidores que cuidam das unidades prisionais também são projetos de governo.

João Batista Mares Guia (Rede)
Defende a separação dos presos de alta periculosidade dos condenados por crimes de menor potencial ofensivo. Os primeiros só poderiam ter contato com familiares e advogados por meio de parlatórios (espaços reservados, separados por vidros, que permitem conversas somente por um telefone). Ele também quer construir Apacs em cidades com mais de 30 mil habitantes, onde os presos de menor potencial ofensivo podem ser ressocializados perto das famílias.

Romeu Zema (Novo)
Considera a PPP a principal alternativa para combater as fugas, uma vez que as unidades prisionais administradas pelo Estado são as com os maiores índices de fugitivos. A segurança e o custo de manutenção dos presídios serão otimizados por meio das parcerias, possibilitando o aumento do número de vagas.

Leia mais:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por