A carta enviada pelo goleiro Bruno Fernandes ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, divulgada pela revista Veja neste fim de semana denuncia uma falha dentro do sistema da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Isso porque a própria Secretaria de Estado de Defesa Social, por meio da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou nesta segunda-feira (9) que a correspondência não passou pelos procedimentos formais de envio de cartas do complexo penitenciário.
Na carta, o goleiro Bruno pediria a Macarrão para adotar o plano B, que seria assumir a culpa pela morte e desaparecimento de Eliza Samudio. A mensagem, porém, não consta nos registros da subsecretaria de correspondências trocadas pelos dententos do presídio Nelson Hungria, conforme a nota da Seds.
Ouvido nesta segunda-feira (9), o próprio Bruno disse ter entregado essa carta a outro detento da unidade, para que ela chegasse até Luiz Henrique Ferreira Romão, informou a secretaria.
Investigações
Ainda segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social o Complexo Penitenciário Nelson Hungria dará continuidade ao procedimento de apuração, para averiguar como a carta saiu da unidade. Em seguida, as informações serão remetidas ao Poder Judiciário, para eventual aplicação de sanções aos envolvidos.