Cartilha facilita conhecimento sobre fins medicinais de plantas do Norte de Minas

Da Redação
25/06/2019 às 12:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:15
 (Divulgação/ Sérgio Santos/ UFMG)

(Divulgação/ Sérgio Santos/ UFMG)

O conhecimento sobre o uso farmacológico e terapêutico da unha d’anta, sambaibinha e dedaleira - plantas encontradas ao longo do Rio Pandeiros, no Norte de Minas - está mais acessível, após a publicação de uma cartilha desenvolvida em projeto de pesquisa e extensão da Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

De acordo com os pesquisadores do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), da UFMG, a publicação descreve características botânicas das plantas, alguns preparos medicinais, usos farmacológicos, tinturas e traz outras informações. 

O objetivo é usá-las no tratamento de doenças metabólicas e de cicatrização. Segundo o professor Sérgio Santos, que coordena a iniciativa, o trabalho propõe o incentivo à conservação da flora da região, buscando conhecer as plantas utilizadas popularmente para fins medicinais e avaliar seu potencial terapêutico. 

Segundo ele, a eficácia dos extratos dos princípios ativos extraídos das plantas, coletadas no estudo, passou por análises em laboratório, e outros testes ainda estão sendo feitos pelos pesquisadores das duas instituições.

“Essas plantas têm seu uso popular descrito em alguns estudos em outras áreas. Mas, nas áreas que investigamos, de metabolismo e cicatrização, ainda não existem trabalhos”, relatou Santos. 

As plantas contempladas nas pesquisas são nativas da Bacia Hidrográfica do Rio Pandeiros – que abrange os municípios de Januária, Cônego Marinho e Bonito de Minas – e do Cerrado do Norte do Estado. 

De acordo com o professor, o grupo planeja estimular o cultivo de mudas dessas espécies com cooperativas locais para revenda. A intenção é garantir uma alternativa de geração de renda para a população ribeirinha, que seja sustentável ambientalmente, pois não implica desmatamentos e prejuízos à natureza.

“Quanto mais pesquisamos e demonstramos a importância do uso dessas plantas, mais incentivamos sua conservação. Assim, também estimulamos o uso de terapias alternativas como forma de reduzir os gastos com saúde pública. Essas terapias incluem fitoterápicos, foco do nosso estudo, homeopatias e outras, que já são reconhecidas pelo SUS para o tratamento de pacientes", afirmou o professor.

(Com UFMG)

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