Casal que aplicava golpe do bilhete premiado em idosas de BH é condenado à prisão

Da Redação
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21/11/2018 às 15:36.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:55
 (Reprodução )

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Um casal de Belo Horizonte foi condenado à prisão por enganar idosas na região Centro-Sul da capital com o golpe do bilhete premiado. A mulher foi condenada a 18 anos de prisão e o homem, a 21 anos, ambos em regime fechado por crimes de estelionato. Eles conseguiam tirar de R$ 5.000 a R$ 20.000 de cada vítima. A decisão é da 11ª Vara Criminal. Foram constatadas pelo menos seis vítimas, sendo que cinco delas tinham mais de 70 anos.

Os crimes aconteceram entre junho de 2016 e setembro de 2017. A abordagem era feita pela mulher, de 48 anos, que se apresentava como analfabeta e pedia ajuda para encontrar um endereço anotado no verso de um bilhete de loteria ou para receber o prêmio do bilhete. 

Quando as vítimas tentavam ajudar, o homem, de 26 anos, aparecia dizendo que poderia auxiliá-las, seguindo um roteiro de argumentos e chantagens que completava o golpe. Entre as táticas de convencimento, ele simulava uma ligação para seu gerente do banco que supostamente confirmava que o bilhete realmente era premiado em R$ 4 milhões. 

Assim, a mulher prometia uma parte do prêmio para quem a ajudasse e, depois, fingindo estar desconfiada, pedia em troca um valor em dinheiro para garantir que a ajudariam. Para incentivar as vítimas, o homem chegava a pegar uma mala supostamente cheia de dólares e dava primeiro algum valor em dinheiro. 

O casal chegava a levar as idosas no carro do homem para suas respectivas agências bancárias para sacarem o dinheiro. Em um dos casos, uma vítima chegou a pegar joias e uma quantia em euros, para oferecer como garantia à golpista.

Os golpes foram interrompidos com a prisão em flagrante dos acusados em setembro do ano passado, quando eles estavam com a sexta vítima, uma idosa de 80 anos. Ela foi abordada quando chegava em casa, no bairro São Bento, e foi convencida a entrar no veículo dos acusados. Um policial civil estranhou a situação e acionou uma equipe que localizou e abordou o carro na avenida Prudente de Morais. 

A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva e, agora, com a decisão do TJMG, eles permanecerão detidos por cerca de duas décadas. 

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