Casarões centenários da Escola Estadual Afonso Pena e da Serraria Souza Pinto serão reformados

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
30/03/2013 às 07:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:23

Dois casarões centenários que ajudaram a construir a história da capital mineira se preparam para receber obras de restauração e modernização estruturais. Fundadas em 1907 e 1913, respectivamente, a Escola Estadual Afonso Pena e a Serraria Souza Pinto conhecerão no próximo dia 10 as empresas responsáveis pelos projetos que irão “repaginar” os imóveis. A licitação foi publicada há duas semanas.

A escola Afonso Pena, na avenida João Pinheiro, no Centro de Belo Horizonte, é uma das mais antigas da cidade e terá pela primeira vez, segundo o subsecretário de Administração do Sistema Educacional da Secretaria de Estado de Educação, Leonardo Petrus, um grande projeto de revitalização e reforma geral.

“Nos últimos anos, a escola passou apenas por obras pontuais, como reparos no telhado, pintura e cobertura da quadra esportiva”, afirma.

Ainda não é possível avaliar se será necessário transferir os 1.200 alunos da instituição durante as obras.

Cerca de R$ 4 milhões serão gastos. O imóvel é tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.

Outras quatro instituições estaduais de ensino também estão sendo reformadas: Barão de Macaúbas, Barão do Rio Branco e Pandiá Calógeras. Na Escola Estadual Governador Milton Campos, ou Estadual Central, como é mais conhecida, a obra custará R$ 12 milhões.
 
Toque de modernidade

Localizada em um ponto privilegiado de BH, perto do Parque Municipal e no conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça Rui Barbosa, a Serraria Souza Pinto é protegida nas esferas municipal e estadual.

Inaugurado em 1913, o espaço – de onde saiu material para as edificações da então jovem capital de Minas – passou pela última reforma em 1997, quando foi adaptado para receber eventos de grande porte.

“Existe uma manutenção constante na estrutura do imóvel, mas há um gasto natural com o passar do tempo. Isso, evidentemente, precisa de um olhar apurado e de uma manutenção mais profunda e efetiva”, destaca Solanda Steckelberg, presidente da Fundação Clóvis Salgado, que administra o imóvel há 14 anos.
 
Geral

As obras, cujo custo médio ainda não foi estimado, serão divididas em duas etapas.

A primeira irá corrigir falhas elétricas, hidráulicas e relacionadas à estrutura de combate a incêndio e descargas elétricas. A segunda diz respeito à restauração e modernização do espaço.

“A reforma tem importância histórica, cultural e artística muito grande. A serraria é um patrimônio mineiro que tem que ser guardado, cuidado e mantido com o maior zelo possível”, afirma Solanda.

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