Caso Backer: Polícia Civil descarta sabotagem, apura negligência e vê desfecho próximo

Lucas Borges
@lucaslborges91
08/04/2020 às 17:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:13
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

A Polícia Civil de Minas Gerais descartou a hipótese de que houve sabotagem na contaminação dos lotes de cerveja da Backer que provocaram a intoxicação de 42 pessoas.

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (8), Flávio Grossi, delegado responsável pelo caso, afirmou que a possibilidade de ter havido sabotagem não ficou evidenciada na investigação, e que a corporação agora trabalha com outras linhas de investigação. "Neste momento, a linha de sabotagem foi descartada. Não evoluímos com essa linha de sabotagem. Ela foi retirada. A negligência é uma das linhas sendo investigada", afirmou Grossi.

Apesar de ventilar a hipótese do erro da empresa, o delegado evitou responder perguntas técnicas sobre o caso, afirmando que ainda não é possível indicar o que de fato ocorreu para que houvesse a contaminação das cervejas.

Desfecho próximo

No dia em que se completam três meses da abertura do inquérito, a Polícia Civil afirmou que a investigação está perto de um desfecho. Flávio Grossi revelou que as perícias seguem em andamento, e que a corporação investiga a incidência de casos que tenham ocorrido entre 2018 e 2020.

São 42 casos investigados por intoxicação de dietilenoglicol presentes nas cervejas da Backer. Nove pessoas morreram, mas apenas quatro tiveram os resultados positivos para intoxicação.

As demais vítimas ainda não tiveram o resultado dos exames.

Backer

Após a entrevista coletiva, a Cervejaria Backer se manifestou em nota, afirmando que espera que as autoridades concluam as investigações o quanto antes e que forneçam respostas definitivas sobre o que ocorreu. "Exceto a confirmação, pelo delegado do caso, de que a Backer jamais adquiriu dietilenoglicol, nenhuma informação oficial sobre o resultado das perícias técnicas foi comunicado à empresa até este momento. Após 90 dias de apurações, a fábrica encontra-se paralisada, o que leva apreensão aos seus funcionários, colaboradores e clientes", completa.

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