Casos de catapora caem 76% em Belo Horizonte

Hoje em Dia*
03/03/2015 às 19:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:13
 (MARGARIDA HALLACOC/ARQUIVO )

(MARGARIDA HALLACOC/ARQUIVO )

Belo Horizonte reduziu em 76% o índice de contágio por catapora, na comparação entre os anos de 2014 e 2013. A justificativa pela queda é atribuída pela prefeitura devido a implantação da vacina contra a doença, também conhecida como varicela, no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses até dois anos incompletos.   Segundo a PBH, em 2014 foram notificados 1.241 casos de varicela, sendo que 1.031 destes são de pessoas residentes em Belo Horizonte. Já em 2013, foram atendidas 5.350 pessoas com catapora, sendo 4.613 residentes de BH.    Segundo a gerente de Vigilância em Saúde e Informação, Maria Tereza da Costa Oliveira, o impacto da imunização, implantado em setembro de 2013, foi positivo. “Apesar da recente introdução da vacina, já se pode observar uma diminuição dos casos. O objetivo é diminuir o número de pessoas com a doença e em especial conseguir reduzir aqueles casos mais graves”, afirma.   A catapora é uma das enfermidades mais comuns da infância. Se trata de uma doença causada pelo vírus Varicela-Zóster e é altamente contagiosa. No período entre 2007 e 2014, foram notificados 33.773 casos de varicela no município. O ano com maior número de casos foi 2010, com 7.576 casos notificados. Analisando os casos notificados em residentes de Belo Horizonte por faixa etária nota-se que a faixa mais atingida é a de 1 a 4 anos de idade.   A transmissão da varicela acontece por contato direto com gotículas e aerossol da nasofaringe e/ou líquido das vesículas. O período de incubação é de 14 a 16 dias, podendo variar de 10 a 20 dias após contato. Já o período de maior transmissibilidade ocorre no intervalo de um a dois dias antes do surgimento das vesículas e permanece enquanto estas estiverem presentes na pele.    Cuidados   Para evitar o contágio pela varicela, a pessoa acometida pela doença deve evitar frequentar locais públicos, escola e trabalho até o término da erupção vesicular. Deve-se manter as unhas aparadas e evitar que o paciente possa vir a ferir a pele ao se coçar. Quando em ambientes hospitalares, é necessário isolamento do paciente em quarto privativo e a desinfecção dos objetos contaminados com secreções nasofaríngeas.    Todos os profissionais de saúde que estiverem em contato com o paciente devem usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os profissionais que nunca tiveram a doença deverão evitar o contato direto com os pacientes. É importante também identificar contatos de risco que necessitem de orientações especiais.    Vacina em todos os centros de saúde   A vacina está disponível em todos os 147 centros de saúde da capital para crianças de 15 meses até 2 anos incompletos. O esquema é de dose única e a vacina utilizada é a tetra-viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). A criança recebe a vacina triviral aos 12 meses e a vacina tetravalente aos 15 meses.    Pacientes com determinadas condições clínicas recebem a vacina no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), quando esta é indicada.    No caso de imunocomprometidos, gestantes que nunca tiveram a doença, recém-nascidos de mães que apresentaram varicela nos cinco dias antes e até 48 horas após o parto e recém-nascidos prematuros com até 28 semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela, será indicado Imunoglobulina Anti-Varicela-Zoster.     (* Com PBH)

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