Casos de Covid em BH crescem gradualmente ao longo de quatro semanas e chegam a 51 mil

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
16/11/2020 às 18:33.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:04
 (PBH/Divulgação)

(PBH/Divulgação)

A rede pública de saúde em Belo Horizonte registrou um aumento gradual, ao longo de um mês, de atendimentos a pacientes com suspeita de Covid-19. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (16), houve um crescimento de registros entre as semanas epidemiológicas 42 e 46 (ou seja, entre os dias 17 de outubro e 14 de novembro).

Desde o auge da pandemia em julho até meados de outubro, a cidade vinha registrando quedas graduais no número de atendimento a pacientes com suspeita de Covid. A partir da semana epidemiológica 42, a curva mudou, registrando um aumento gradual.

Entre os dias 11 e 17 de outubro, foram 5.824 atendimentos. Já entre 8 e 14 de novembro, foram 7.694 registros.

Veja o gráfico disponibilizado no boletim:PBH/Divulgação

Outro dado do boletim epidemiológico que mostra um novo crescimento dos casos de Covid na capital mineira é a taxa de transmissão do novo coronavírus. O número médio de transmissão por infectado (Rt) subiu para 1,13 – há uma semana, era 0,99.

Isso quer dizer que, neste momento, 100 infectados transmitem para 113 pessoas, o que pode ser indicador de crescimento exponencial da doença. Por isso, o indicador está no nível amarelo, indicando alerta para a população.

Os outros dois indicadores usados pela prefeitura para monitorar a epidemia estão em nível verde (de controle), mas podem mudar caso a taxa de transmissão continue subindo. Confira:PBH/Divulgação

Conforme o boletim, Belo Horizonte registra 51.194 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus, 607 registros a mais do que na sexta-feira (13). Neste momento, há 2.279 pacientes em acompanhamento na cidade.

Também foram contabilizadas 1.566 mortes por Covid, oito mortes a mais do que no último levantamento, apresentado na sexta-feira. Três desses óbitos se referem a casos antigos, ocorridos em julho e agosto. Há ainda 96 mortes sendo investigadas.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os indicadores permanecem em monitoramento constante e qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento será tratado da forma devida, com o objetivo de preservar vidas. De acordo com a pasta, como o Rt está acima de 1,00 há mais de uma semana e há um aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade, o corpo técnico da prefeitura terá que se aprofundar "na investigação dos casos para apurar se já estamos tendo um retorno consistente" da epidemia. 

A orientação para a população é para que todos colaborem para que não haja um grande aumento de casos. "O tratamento eficaz da doença ainda está em fase de estudos, assim como a vacina. O vírus se comporta com padrão de possibilidade de agravamento e morte. Portanto, é extremamente importante manter as medidas de prevenção: como distanciamento social, uso de máscara, higienização frequente das mãos e não promover e participar de aglomerações", disse a secretaria por nota. 

"A preocupação da Prefeitura está no cenário em que esse indicador permaneça durante muito tempo acima de 1,00, ou mesmo num valor crítico, acima de 1,20, o que provocaria um crescimento no número de casos mais graves e, consequentemente, pressão sobre a infraestrutura de saúde. Atualmente, a taxa de contágio não está refletindo em pressão nos leitos disponíveis, considerando que as taxas de ocupação de leitos Covid permanecem em nível verde: 31,8% para UTI e 29,8% para enfermaria", completou a secretaria. 

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