(Enviada via WhastApp)
O passeio da Igreja São José, que seria palco da "Coroação de Nossa Senhora das Travestis", recebeu, na noite deste sábado (20), a presença de católicos que protestaram contra a performance que estava incluída na programação da Virada Cultural.
A apresentação do coletivo Academia Transliterária foi considerada uma "ação preconceituosa e criminosa" pela Arquidiocese de Belo Horizonte, que pediu a suspensão do espetáculo. O prefeito Alexandre Kalil acatou a solicitação e determinou que a "Coroação de Nossa Senhora das Travestis" fosse retirada do evento.
"Defendo todas as liberdades. Sou católico, devoto de Santa Rita de Cássia. Fiquem tranquilos, ninguém vai agredir a religião de ninguém. Isso não é cultura", tuitou o chefe do executivo municipal.
Nesta noite, quando inicialmente estava prevista para acontecer a performance, católicos se concentraram em frente à igreja e, em forma de protesto, rezaram o Pai Nosso e Ave Maria.
Contra censura
O coletivo TransLiterária repudiou a suspensão da performance e declarou ser vítima de censura. Apesar da indignação, eles acataram a decisão de Kalil e não fizeram a apresentação. A Polícia Militar acompanhou o protesto dos católicos e não registrou nenhum incidente no local.
O coletivo Academia Transliterária pediu para que a oração de Nossa Senhora das Travestis seja lida pelos coletivos parceiros durante a Virada Cultural, que conta com mais de 400 atrações, espalhadas em 25 espaços diferentes da cidade. A ideia é a de que o público repita as frases.
Leia mais:
Coletivo desafia PBH e pede que oração de Nossa Senhora das Travestis seja lida durante a Virada
Defensoria pública vai prestar atendimento às mulheres durante a Virada Cultural de Belo Horizonte
Após corte, artistas da Coroação a Nossa Senhora das Travestis denunciam censura