(Ricardo Bastos)
Uma torcida diferente tomou conta do Mineirão, ontem à tarde. Formada por 55 mil fiéis de paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte, a 15ª Torcida de Deus trouxe para o gramado a palavra de Deus na luta contra um forte adversário: a violência.
O evento é realizado de três em três anos, desde a década de 1970 (1975). Este ano, teve como ponto central a eucaristia, segundo o arcebispo metropolitano, Dom Walmor Oliveira de Azevedo. “Para sermos a torcida de Deus, nós temos uma fonte: Cristo. E essa fonte nos é dada na sua palavra e na eucaristia. Portanto, como torcida de Deus, não poderíamos congregar sem colocar no centro, como momento mais importante, a eucaristia”, afirmou.
O arcebispo destacou, ainda, que as diversas formas de violência contra o ser humano precisam ser combatidas. “O mal que vemos na corrupção, o desrespeito à dignidade das pessoas no tráfico humano, tudo aquilo que está contra a dignidade da pessoa humana é o maior adversário da torcida de Deus”.
O evento teve ingressos distribuídos gratuitamente nas paróquias e contou com missa e apresentações musicais.
A união faz a força
Janet Lisboa, de 50 anos, veio da paróquia Nossa Senhora das Dores, no bairro Floresta, trazendo as duas filhas, Ana Clara, de 14, e Maria, de 11 anos, para participar do evento. As meninas entraram vestidas de anjo no momento do Santíssimo.
“É bonito de ver como Deus consegue juntar tantas pessoas. O Mineirão está lotado. Nós também viemos ajudar”, disse Janet.
Já a berçarista Márcia Rocha, de 51 anos, reforçou a arquibancada. “A gente tem que fazer uma torcida pela paz”, afirmou.