Catraca dupla para evitar ‘pulão’ de passageiro

Renata Galdino e Cinthya Oliveira
horizontes@hojeemdia.com.br
17/05/2018 às 20:24.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:54
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Três catracas que ficam na entrada da Estação BHBus Diamante, no Barreiro, na capital, ficaram mais altas ontem. O complemento, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SetraBH), é para evitar que usuários deixem de pagar a tarifa.

Apesar de não ter números, a entidade afirma que a evasão é alta na plataforma e aumenta ainda mais em dias de jogos de futebol. “Muitos usuários pulam a roleta, e funcionários temem represálias ao chamar a atenção deles”, informou o sindicato, por meio da assessoria de imprensa.

No entanto, houve quem não gostasse da novidade. Foi o caso da instrutora de produtividade Viviane Braga, que circula pela plataforma diariamente e não conseguiu passar pela roleta. “Só entrei porque o rapaz que trabalha na estação abriu um caminho, à direita”, contou.

Segundo o SetraBH, a porta que fica ao lado dos equipamentos serve justamente para dar acesso a quem tem dificuldade para rodar a catraca, como pessoas com mobilidade reduzida. Para isso, basta pedir ao funcionário da estação, que fica com a chave, a abertura da estrutura. O órgão afirma não haver previsão de expandir o novo modelo para outras estações da cidade.

No trajeto

A evasão também foi tema de uma reunião realizada ontem entre os comandantes da Guarda Municipal de BH, Betim, Contagem, Nova Lima, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, além de representantes do SetraBH e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros Metropolitana (Sintram).

No encontro, o secretário de Segurança de Belo Horizonte, Genilson Zeferino, propôs parceria entre as instituições para combater a violência nos coletivos intermunicipais e coibir a prática de pular a roleta nos ônibus durante o deslocamento entre os municípios.

Roberto Lemos, da área de segurança do SetraBH, avalia a ideia de forma positiva. Em determinadas linhas, segundo ele, o número de evasões é tão alto que prejudica a viabilidade do serviço. “Temos casos de 15 passageiros por viagem (sem pagar) em alguns itinerários, além de assaltos constantes”.

Ações integradas são defendidas pelo secretário Genilson Zeferino após detectar que os crimes praticados dentro do transporte coletivo estão migrando para as linhas que partem da capital rumo às localidades vizinhas.

Uma das propostas é ampliar a operação Viagem Segura, desenvolvida pela Guarda Municipal de Belo Horizonte desde janeiro de 2017. A iniciativa coloca agentes dentro dos ônibus para evitar a ação de bandidos.

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