CDL cobra da prefeitura abertura de UTIs para Covid em BH e definição sobre flexibilização

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
27/07/2020 às 20:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:08
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Mesmo com 458 mortes confirmadas pela Covid-19 e 92% dos leitos de UTI ocupados em Belo Horizonte no momento, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) voltou a cobrar do Executivo municipal uma definição sobre a reabertura do comércio na cidade. Para a entidade, a criação de novas unidades de terapia intensiva permitiria a retomada das atividades sem o risco de colapso na saúde pública.

De acordo com o presidente da CDL, Marcelo de Souza e Silva, a abertura, porém, de apenas 19 leitos de UTI na última semana não é suficiente para se falar em flexibilização. "O índice de ocupação de leitos de UTI, que é um dos critérios para definir a reabertura, está em 92%. Para este índice abaixar para 70%, teríamos que ter, hoje, 540 leitos, número até abaixo do prometido pelo prefeito há mais de 75 dias”, disse Silva.

Belo Horizonte ultrapassou a marca de 18 mil casos confirmados de Covid-19, conforme boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (27). Além disso, a situação nos hospitais voltou a se agravar, sobretudo nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Na semana passada, um encontro virtual reuniu secretários municipais da Prefeitura de Belo Horizonte, integrantes do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de BH, o líder do governo na Câmara Municipal, vereador Leo Burguês (PSL), além de representantes da CDL/BH e a Abrasel para discutir a flexibização do comércio não essencial de Belo Horizonte, que está há mais de quatro meses sem funcionar. " Nossa proposta encaminhada na semana passada à prefeitura sugere um índice de 80% para possibilitar a reabertura. No entanto, ainda não obtivemos resposta”, concluiu Marcelo Silva.

A Prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que "Limitar ao número de leitos disponíveis o critério para flexibilização do comércio e serviços mostra desconhecimento sobre o comportamento epidemiológico da Covid-19". 

Ainda de acordo com a pasta, no último mês o número de casos mais que dobrou, o que significa que a velocidade de transmissão do vírus não está sob controle. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por