CDL enviará ofício ao Ministério Público para que flexibilização em BH não retroceda

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
08/08/2020 às 18:28.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:14
 (MAURÍCIO VIEIRA)

(MAURÍCIO VIEIRA)

Preocupada com a possibilidade de um novo recuo na flexillização do comércio não essencial da capital mineira, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviará ofício, nesta segunda-feira (10), para o Ministério Público de Minas Gerais, no intuito de sensibilizar o órgão para que as lojas permaneçam abertas.

O MPMG observou que a capital deve se enquandrar no programa de flexibilização "Minas Consciente", implantado pelo governo estadual. O órgão chegou a se reunir com a prefeitura, mas aparentemente não chegaram a um acordo. Nas redes sociais, após o encontro, o MPMG divulgou que iria enviar uma recomendação para que o Executivo municipal siga os termos do "Minas Consciente".

O programa possui três fases e as cidades são classificadas de acordo com a região do Estado. Como a Central, onde Belo Horizonte está localizada, tem hoje as medidas mais restritivas, por contar com mais de 80% de UTI ocupados, a cidade seria obrigada a voltar a fechar boa parte do comércio. 

A CDL entende que não é necessário, neste momento, que a metrópole faça a adesão ao programa estadual, "uma vez que esta medida pode paralisar o processo de reabertura do comércio", iniciado na quinta-feira (6). A entidade destaca que é preciso levar em consideração os índices de ocupação de leitos de UTI, "que estão em queda e deverão continuar caindo".

Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, acrescenta outros números, assinalando o Número Médio de Transmissão por Infectado (RT), que estaria em permanente queda. "Em 22 de maio, este índice estava em 1,09. No dia 26 de junho, quando a prefeitura decidiu fechar o comércio novamente, o índice permanecia em 1,09. Ou seja, o comércio aberto não aumentou a taxa de contaminação", destaca.

Souza e Silva lembra que, em BH, mais de sete mil empresas já foram fechadas e que 25 mil trabalhadores perderam os empregos. "O comércio não suporta mais este sacrifício. E ainda temos que lutar pela reabertura de outros setores que estão há quase 150 dias fechados, como bares, restaurantes e academias", alerta.

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