Cenário é de guerra na Prudente de Morais; moradores tentam assimilar os estragos

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
29/01/2020 às 10:05.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:28
 (Renata Evangelista)

(Renata Evangelista)

Lama, sujeira, concreto as pedaços e pura destruição. Esse é o cenário na avenida Prudente de Morais, bairro Santo Antônio, região Centro-Sul de Belo Horizonte, após o temporal que atingiu a capital na noite desta terça-feira (29). A força da água foi tão grande que derrubou galhos, arrancou asfalto e alagou diversos imóveis da via.

Bancos, hotéis, supermercados, bares, drogarias, academias e lojas foram inundados pela lamaçal. Em um prédio, a enxurrada quebrou o portão e levou veículos que estavam na garagem. Os automóveis ficaram empilhados.  

Ainda abalados, os moradores não quiseram dar entrevistas. A quarta-feira (29) está sendo dedicada para assimilar os estragos e contabilizar prejuízos.  

Assustador
A aposentada Lúcia Auxiliadora de Menezes, de 70 anos, mora há duas décadas por lá. Ela nunca viu tamanha destruição. “Infelizmente, aqui é comum alagar, mas desse jeito, surpreendeu”,  relatou. 

O prédio dela fica em uma das áreas mais afetadas, na esquina das ruas Joaquim Murtinho com Marques de Paranaguá. Lá, a água invadiu a garagem, o hall e três degraus da escada que leva para o segundo andar. 

“Acredito que subiu uns 2,5 metros. O prejuízo foi gigantesco, e o trauma maior ainda”, lembrou. Uma vizinha da aposentada, que cuida do pai acamado, teve que pedir socorro para retirar o homem do apartamento. “A água suja invadiu o apartamento dela, que ficou e desesperada para salvar o pai. Foi assustador”, contou. 

Prejuízo 
Comerciantes da região tiraram o dia para limpar o que foi devastado. Rodos e mangueiras são os objetos mais vistos nesta manhã. Os estragos foram tão grandes que muitas lojas nem terão condições de abrir as portas nesta terça. 

Caso do gerente Gleison Rocha, de 28. O estabelecimento de roupas que ele é responsável foi alagado e os funcionários estão encarregados de fazer a limpeza e retirar do estoque as peças atingidas. “Pela janela do meu apartamento, acompanhei o temporal e fiquei assustado. O cenário aqui é de guerra”, disse.

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