Centenário vapor Benjamim Guimarães espera por revitalização

Girleno Alencar - Hoje em Dia
21/04/2013 às 10:13.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:00

PIRAPORA – Sem manutenção há 21 anos, o centenário vapor Benjamim Guimarães, único do mundo movido a lenha, clama por uma revitalização. A embarcação precisa de madeiras novas, mas a reforma esbarra na falta de iniciativa política para recuperar um dos símbolos de Pirapora, Norte de Minas.

A situação levou agentes culturais da cidade a iniciar uma mobilização pelo tombamento do barco como patrimônio nacional. Essa seria uma estratégia para ajudar a captar recursos para a revitalização do vapor.

A iniciativa, segundo o diretor de Patrimônio Cultural de Pirapora, Delin Brasil, é importante neste ano, quando se comemora o centenário do Benjamim Guimarães. Segundo ele, a prefeitura não tem dinheiro para bancar a reforma, a terceira desde a inauguração do vapor.

A mesma medida será adotada para a ponte Marechal Hermes, que liga Pirapora a Buritizeiro. O processo para pedir o tombamento ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), segundo Delin Brasil, está em fase de elaboração do dossiê.

O vapor já é tombado pelo Estado desde 1º de agosto de 1985, quando foi restaurado pela primeira vez. Em 1993, foi doado à Prefeitura de Pirapora e passou, então, por outra revitalização. Em 2006, recebeu uma nova caldeira, doada pelo Banco do Nordeste.

Para o historiador montes-clarense Fabiano de Paula, ex-superintendente do Iphan em Minas, o pedido de tombamento é desnecessário, porque já há a proteção pela legislação estadual e municipal.

O tombamento pelo Iphan, na avaliação de Fabiano, não é garantia de recursos para a reforma do barco. “A energia que se gastará neste processo deveria ser usada para preservar o vapor, o que depende de vontade e decisão política”.


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