Centro de BH amanhece vazio no primeiro dia de recuo na flexibilização

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
29/06/2020 às 11:35.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:53
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Lojas fechadas, trânsito mais tranquilo e pouca circulação de pedestres. Assim Belo Horizonte iniciou, nesta segunda-feira (29), o primeiro dia de recuo na flexibilização social. A decisão de manter apenas os serviços essenciais em funcionamento, para conter o avanço do novo coronavírus, retirou das ruas milhares de pessoas. 

O vaivém de moradores na Praça 7, local considerado como o coração do município, foi menor se comparado com os dias anteriores. Mas o fluxo, para uma metrópole praticamente "fechada" ainda merece atenção. 

A volta à fase zero no processo de flexibilização dividiu opiniões de quem circulou pelas vias da metrópole. A professora infantil Elaine Alves Almeida, de 45 anos, considera que a medida foi necessária, pois muita gente não seguiu as recomendações do uso de máscara, distanciamento social e isolamento domiciliar.

“O povo não respeitou e, por isso, a medida drástica voltou a ser implantada na cidade”, disse ela, defendendo o retrocesso como alternativa para salvar vidas. Na avenida Afonso Pena esperando por um ônibus, a docente garantiu que só saiu de casa porque estava com horário marcado com um dentista. 

Já a cuidadora de idosos Maria de Lourdes Melo, de 58 anos, avaliou como exagerado o fechamento do comércio. Apesar de reconhecer que é preciso medidas para garantir a segurança da população, ela acredita que as lojas faziam o necessário para impedir o avanço da doença. 

“Da mesma forma que os supermercados e farmácias podem abrir, seguindo uma série de regras, as demais lojas também. Todas estavam tomando os cuidados recomendados pela prefeitura. Por isso, acho que foi exagero”, critica. 

Maria de Lourdes mora em Venda Nova e, todos os dias, atravessa a cidade para cuidar de uma idosa de 94 anos no bairro Santo Agostinho, zona Sul de BH. “Com cautela, dá para manter uma rotina”, afirmou. 

Confira o que pode abrir em BH: 

5h às 21h:
- Padaria

5h às 17h
- Comércio atacadista da cadeia de atividades do comércio varejista da fase de controle

- 7h às 21h:
- Comércio varejista de laticínios e frios
- Açougue e Peixaria 
- Hortifrutigranjeiros 
- Minimercados, mercearias e armazéns 
- Supermercados e hipermercados
- Tintas, solventes e materiais para pintura
- Material elétrico e hidráulico, vidros e ferragem
- Madeireira
- Material de construção em geral.

Sem restrição de horário:

- Artigos farmacêuticos 
- Comércio varejista de artigos de óptica 
- Artigos médicos e ortopédicos 
- Combustíveis para veículos automotores
- Comércio varejista de gás liquefeito de petróleo (GLP)
- Agências bancárias: instituições de crédito, seguro, capitalização, comércio e administração de valores imobiliários
- Casas lotéricas
- Agências dos Correios e telégrafo
- Comércio de medicamentos para animais
- Atividades industriais
- Restaurantes (delivery ou retirada na porta)
- Banca de jornais e revistas

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