Centros de Atendimento à Dengue começam a ser desativados a partir desta quarta em BH

Daniele Franco
04/06/2019 às 10:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:57
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A partir desta quarta-feira (5), os centros dedicados ao atendimento de pacientes com suspeita de dengue em Belo Horizonte serão desativados gradativamente. Segundo a prefeitura da capital, o primeiro Centro de Atendimento à Dengue (CAD) a deixar de funcionar será o da região Nordeste, na UPA São Paulo, já na quarta-feira.

Os CADs foram criados na cidade como parte do Plano de Contingência implantado diante do surto de dengue que atingiu Minas Gerais em 2019 e estão instalados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Barreiro, São Paulo e Venda Nova. Conforme a diretora de assistência à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Renata Mascarenhas Bernardes, a desativação está prevista no plano de contingência e acontece devido à redução no número de atendimentos nos postos provisórios. Entre 27 de abril e 18 de maio, a redução foi de 42%. Nos centros de saúde também houve redução de 19,3% nos atendimentos de pacientes com sintomas da doença.

Depois do CAD Nordeste, o do Barreiro deixará de funcionar na quinta-feira (6), seguido pelo de Venda Nova, que encerra as atividades na próxima terça-feira (11). Segundo Bernardes, a ordem de desativação foi estabelecida com base nos números de atendimentos nas unidades.

Desde a abertura, entre abril e o início de maio, os CADs registraram 14.330 atendimentos. De acordo com a prefeitura, os centros foram responsáveis por uma redução de cerca de 40% na demanda das UPAs para os atendimentos a pacientes com dengue. A partir do fechamento dos CADs, quem estiver com suspeita de dengue pode procurar um dos 152 centros de saúde espalhados pela capital.

A diretora de assistência à Saúde ressalta ainda que os pacientes devem continuar atentos e se dirigir a uma unidade de saúde se houver manifestação dos sintomas. "Os pacientes, no entanto, devem procurar a unidade correta. Durante a semana no horário comercial, os belo-horizontinos devem procurar os centros de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) só devem ser procuradas na parte da noite ou nos finais de semana", orientou Renata.

No balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), na última sexta-feira (31), 11 mortes e 26.100 casos haviam sido confirmados em Belo Horizonte. Outras 52.767 notificações aguardam resultados laboratoriais. Foram investigados e descartados 9.677 casos.

De acordo com Renata Mascarenhas Bernardes, o Plano de Contingência continua sendo executado em outras áreas, como na oferta de 40 leitos extras no Hospital Metropolitano Célio de Castro, que continuam funcionando. "A tendência, agora, é que o aumento no número de novos casos também diminua, já que o atendimento a pacientes com os sintomas reflete esse índice", explicou.

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