Cerca de 200 famílias já procuraram a Acadepol em BH para cadastro de desaparecidos

Lucas Eduardo Soares
26/01/2019 às 16:20.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:14
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

A busca pelos familiares e amigos desaparecidos após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, continua em Belo Horizonte. Na capital mineira, aproximadamente 200 famílias já estiveram na Academia de Polícia Civil (Acadepol), na Gameleira, região Oeste da cidade, para deixar características de seus entes.

Conforme a diretora da Acadepol e delegada-geral de polícia, Cinara Moreira Liberal, a unidade está colhendo informações trazidas pelos familiares com o intuito de facilitar a identificação das vítimas. "Nosso objetivo é que aqui seja concentrado todos os detalhes, com a maior quantidade possível de dados a respeito das vítimas".

Os cerca de 70 policiais, incluindo voluntários, estão consolidando as informações, que serão atualizadas em tempo real para o Instituto Médico-Legal (IML). Isso, de acordo com a delegada, auxilia na identificação das vítimas.

E-mail

Não será necessário vir à unidade em BH para deixar as características. De acordo com Cinara, um e-mail foi criado para receber informações sobre desaparecidos: dvibrumadinho@gmail.com. "É preciso que os parentes mandem, no e-mail, características da vítima, como tatuagem, marcas e arcada dentária, e deixe contatos", recomenda a delegada.

Transtorno

"As informações não cruzam". A fala é do funcionário público Marcos Antônio de Almeida, de 43 anos, e que procura em diversos hospitais pelo amigo, de 28 anos. O homem trabalhava na manutenção da mina.

Segundo Marcos, estão rodando informações pelo WhatsApp de que certas vítimas estariam internadas em unidades de BH, Betim, Ibirité, Sarzedo e Brumadinho. "Estamos rodando os hospitais, mas isso parece um pesadelo".

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