Chacina de Felisburgo completa oito anos sem punição dos suspeitos

Jefferson Delbem – Do Hoje em Dia
20/11/2012 às 16:47.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:26

  Após oito anos de um dos crimes que mais chocaram a população nacional, nenhum dos suspeitos ainda foi punido. Cinco pessoas foram assassinadas e quinze, entre elas uma criança na época com 12 anos, ficaram feridas, na chamada Chacina de Felisburgo.   Com o intuito de cobrar uma solução para o caso, uma audiência pública foi realizada na manhã desta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e outros movimentos sociais, além da familiares das vítimas, estiveram presentes e cobraram a condenação dos criminosos, a indenização das famílias e a regularização da terra onde vivem 62 famílias e que motivou a chacina.    Além da audiência pública, um protesto foi realizado nesta tarde em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O dirigente nacional do MST, Ênio Bohnenberger, esteve na audiência e na manifestação e disseu que o que eles querem é uma atitude das autoridades para que os responsáveis pela tragédia sejam punidos. "Queremos que a sociedade relembre o caso, pois, esse tipo de massacre acontece devido ao sentimento de impunidade. E que aconteça uma pressão para que os envolvidos sejam punidos”.   O julgamento dos acusados está marcado para acontecer no dia 17 de janeiro do ano que vem, em Belo Horizonte. “Conseguimos transferir o júri para a capital para que se evitasse a influência política do empresário no Vale do Jequitinhonha”, justificou o deputado que requiriu a audiência, Rogério Correia (PT) em relação ao latifundiário Adriano Chafik, que teria encomendado o crime.   A chacina   Conforme denúncia do Ministério Público, no dia 20 de novembro de 2004, possivelmente a mando do latifundiário Adriano Chafik e seu primo, Calixto Luedy, dezessete homens invadiram o acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, e promoveram um massacre. Além das pessoas assassinadas e feridas, vários barracos e uma escola foram queimados.

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