Minas chega ao pico 'platô' da Covid e Estado garante capacidade da rede

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
15/07/2020 às 14:55.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:02
 (Reprodução/ Facebook)

(Reprodução/ Facebook)

A chegada ao pico de transmissão da Covid-19 em Minas, em formato platô, nesta quarta-feira (15), deverá ser seguida de um crescimento no número de notificações da doença no Estado. O platô é a trajetória em que o número de casos se mantém elevado por um tempo determinado.

"Ainda pode haver um pequeno aumento, mas não temos nenhuma evidência de que nós continuaremos crescendo de forma importante a epidemia", declarou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. 

De acordo com o gestor, é necessário entender que a configuração em platô não quer dizer que a sociedade está fora do risco. 

"Pensar que, daqui para frente, vai cair imediatamente o número de casos, não é muito o que estamos vendo no decorrer da epidemia", afirmou. Amaral não deu uma estimativa de duração do platô.

Nesta quarta, Minas confirmou 3.367 casos e 64 mortes causadas pela doença nas últimas 24 horas. Ao todo, desde março, são 1.752 mortes e 82.010 infectados pelo coronavírus.

Novos casos são absorvidos

Apesar do crescimento de casos da Covid-19, o Estado informou, nesta quarta, que a rede pública de saúde tem tido capacidade de atender as novas notificações da enfermidade em Minas.

"Estamos vivenciando um momento de alta incidência de casos, de demanda por serviços hospitalares, mas, de uma certa forma, a rede tem conseguido absorver essa quantidade de pessoas que procuram o serviço de saúde", afirmou Amaral.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o sistema de saúde foi fortalecido nos últimos 90 dias, com a criação de 1.350 leitos de UTI e nove mil vagas em enfermarias. 

Além disso, a pasta informou que o governo de Minas tem conseguido distribuir, em média, 18 respiradores por dia aos municípios mineiros e relembrou a abertura do Hospital de Campanha do Expominas, na região Oeste de Belo Horizonte, nessa segunda, centro que serve como apoio para desafogar a rede e não atende casos graves de Covid.

Presente na coletiva, o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, informou que a organização social (OS) chamada para a administração compartilhada do Hospital de Campanha foi selecionada e teve a contratação homologada na sexta-feira (10).

Segundo o gestor, a OS está se mobilizando, mas, no momento, não há demanda no centro médico de retaguarda.

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