Ciclista chegará ao metrô e ao BRT em 150 km de pistas

Renata Galdino - Hoje em Dia
30/07/2014 às 07:42.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:34
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Belo Horizonte terá 60 novos trechos de ciclovias interligados ao BRT/Move e ao metrô. Avenidas próximas às estações dos dois principais meios de transporte público da cidade terão rotas exclusivas para bicicletas. Na lista estão vias estratégicas, como Abraão Caram, na Pampulha, e Silviano Brandão (Leste). Ao todo, até 2020, serão 150 quilômetros de trajetos que permitirão ao ciclista migrar para os modais.   A verba estimada para a melhoria da rede de ciclovia integrada, incluindo a construção de bicicletários, é de R$ 22 milhões (R$ 150 mil por quilômetro implantado). O montante é pleiteado pela prefeitura junto ao governo federal, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 50), lançado no ano passado. O projeto está em análise na Caixa Econômica Federal.    A expectativa da BHTrans é a de que o dinheiro seja liberado ainda neste ano, o que permitiria a implantação dos novos trechos na sequência. “Acreditamos que a aprovação do pedido será rápida, uma vez que, nas negociações, ficou acertado que a União iria financiar uma extensão expressiva de ciclovias na capital mineira, desde que a rede permita acesso às estações do metrô ou Move, ou ainda a interligação entre essas plataformas”, explica o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar.   Até agora, na cidade, foram implantados 60 quilômetros de ciclovias. Espera-se inaugurar outros 40 até o fim do ano. A meta é chegar, em 2020, com 360 quilômetros. Os 150 quilômetros interligados às estações estão incluídos no pacote.   Aprovação   A integração entre modais é defendida por especialistas. Para o urbanista Sérgio Myssior, membro do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG), parte do percurso pode ser feito de carro, ônibus ou bicicleta, por exemplo, e o restante, em outro. “A partir do momento em que o transporte público é seguro, eficiente e confortável, mais pessoas migrarão para ele, e é necessário estar preparado para dar o suporte”, reforça.   Mas, para muitos ciclistas, andar de bicicleta na capital ainda é uma aventura e há dificuldades até mesmo de transportar a bicicleta no metrô ou no Move. No caso dos ônibus, o veículo só pode ser embarcado após às 15h de sábado. A entrada é livre de restrições apenas aos domingos e feriados. A BHTrans elabora um estudo para verificar se o horário tem como ser ampliado. “Isso vai facilitar para o ciclista, que poderá levar a bicicleta em um trajeto maior”, ressalta o bikeboy Marcos de Souza.   No metrô, o acesso com as magrelas é livre aos domingos e feriados. De segunda a sexta-feira, é possível embarcar após as 20h30 e, aos sábados, depois das 14h.   Há dois meses, o analista de sistemas Fernando Duarte trocou o carro pela bicicleta no percurso para o trabalho.    Ele gasta cerca de 25 minutos entre o Floresta (Leste) e o Santo Agostinho (Centro-Sul). Passando pelas ciclovias das avenidas Santos Dumont e Paraná, bem ao lado das estações do Move, ele acredita que a interligação poderá facilitar a vida de muitos usuários.   O que falta é a implantação de mais bicicletários. Hoje, esse tipo de estacionamento existe nas estações do Move São Gabriel e Venda Nova e do BHBus Barreiro e Diamante. Há previsão para instalação na Vilarinho e Pampulha.

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