Acusado de matar colega e testemunhas da agressão no Iemg são ouvidos pela Justiça

Daniele Franco
18/02/2019 às 18:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:36
 (Álbum de Família)

(Álbum de Família)

Terminou por volta das 18h desta segunda-feira (18) a oitiva do acusado de agredir um colega dentro do Instituto de Educação de Minas Gerais (Iemg), no bairro Funcionários, região Centro-Sul de BH, em novembro de 2018. Além do jovem, outras 10 testemunhas prestaram depoimento no Fórum Lafayette sobre a ocorrência que levou à morte do adolescente Luiz Felipe Siqueira de Sousa, de 17 anos.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), inicialmente seriam ouvidas 16 testemunhas, mas a defesa dispensou alguns nomes convocados e o juiz entendeu que os depoimentos prestados seriam suficientes. O próximo passo, de acordo com o TJMG, é a juntada de diligências pedidas pela defesa do réu, que serão acrescentadas ao processo que vai definir se o jovem irá a júri popular ou será penalizado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Ainda não há uma data para uma nova fase de julgamentos e o andamento do processo vai depender das provas apresentadas, dos depoimentos prestados e das diligências solicitadas pela defesa. Se o juiz entender que não houve intenção, a pena será aplicada como punição para o crime de homicídio culposo, que pode levar a até 3 anos de prisão. Caso o magistrado entenda que se tratou de um homicídio doloso, com intenção de matar, o réu será submetido a júri popular e uma nova sessão será marcada no fórum com a presença de jurados.

Agressão

Luiz Felipe foi agredido pelo réu, de 18 anos, no dia 14 de novembro do ano passado durante um jogo de futebol na quadra do Instituto. Segundo a Polícia Militar, o rapaz estava na quadra junto a outros colegas, incluindo o agressor, quando a confusão começou. Testemunhas contaram que um desentendimento levou o jovem mais velho a agredir a vítima, que tentou fugir, mas foi perseguida e atingida por um chute nas costas. A força do golpe fez com que o jovem caísse sobre uma escada e cortasse a cabeça no degrau. Os colegas contaram que, ao perceber a gravidade da situação, o agressor também tentou ajudar, mas os amigos do jovem o levaram para a sala dos professores.

A vítima foi levada para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII e passou por uma série de cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após seis dias internada. O acusado foi preso preventivamente.

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