
Cidades de cinco regiões de Minas devem intensificar a imunização contra a febre amarela. As localidades não atingiram a cobertura vacinal mínima, de 95%. O alerta, da própria Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), chega após mortes de macacos, vítimas da doença.
Apesar do apelo, a pasta não informou quais municípios precisam reforçar as ações nem quantos moradores estão com a dose atrasada. O comunicado vale para as regionais de saúde de Pedra Azul – que vacinou 90,73% do público-alvo –, Ituiutaba (94,14%), Leopoldina (92,33%), Ubá (92,73%) e Varginha (93,08%).
O cenário também abrange Montes Claros, no Norte de Minas, e a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária, que registraram primatas mortos em agosto. As análises estão sendo feitas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).Segundo a SES, as ações de imunização devem envolver o município afetado e fronteiras. A medida já está em prática em algumas cidades – caso de Claros dos Poções, Juramento e Mirabela – como explica a coordenadora de Vigilância em Saúde da regional de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes.
De acordo com ela, é preciso manter o funcionamento de pontos fixos para a vacinação, além da realização de uma busca ativa em comunidades rurais.
Pandemia e baixa procura
Diante da pandemia de Covid-19 e com atenções voltadas para a imunização contra o coronavírus, a cobertura para as demais doenças preocupa em Minas. Em recente entrevista ao Hoje em Dia, a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Josianne Dias Gusmão, alertou para a importância da imunização contra a febre amarela.
“Em 2017 e 2018, com as baixas coberturas vacinais, houve retorno de casos da febre amarela. Então, é importante que cada pessoa se dirija aos postos e mantenha o cartão de vacina em dia, já que elas têm responsabilidade em relação a isso”. A vacina está disponível em qualquer posto de saúde. Devem ser imunizados desde crianças de 9 meses a adultos de 59.
Pico
Há três anos, Minas ficou em alerta máximo contra a febre amarela. Foram mais de[/TEXTO] 80 mortes entre julho de 2017 e junho de 2018. A letalidade da doença beirava os 40% no período.
BH e Nova Lima e Brumadinho, na região metropolitana, eram algumas das cidades com mais registros de óbitos. Os casos também foram elevados em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Mariana, na região Central.
Na época, o Hoje em Dia mostrou que os pacientes com febre amarela tinham quase mil vezes mais chances de morrer do que as pessoas com dengue, chikungunya ou zika.
* Com informações do jornal O Norte
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