Ex-deputado Cabo Júlio começa a cumprir pena em casa

Daniele Franco
16/05/2019 às 16:35.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:41
 (Luiz Santana/ALMG/Divulgação)

(Luiz Santana/ALMG/Divulgação)

O ex-deputado estadual Cabo Júlio começou nessa segunda-feira (14) a cumprir sua pena em regime aberto. Uma decisão da Justiça de Minas Gerais concedeu a progressão da pena na última sexta-feira (10) e o ex-parlamentar esteve na segunda na Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica (UGME) para a instalação da tornozeleira eletrônica, segundo informou a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).

O militar recebeu duas sentenças de prisão, uma de sete e outra de quatro anos, por participação no esquema de corrupção conhecido como "Máfia dos Sanguessugas" e começou há pouco menos de um ano, em junho de 2018, a cumprir as sentenças no regime semiaberto. Cabo Júlio foi, inclusive, autorizado a voltar ao trabalho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A nova decisão, assinada pelo juiz Marcelo Augusto Lucas Pereira, considera que o ex-parlamentar cumpriu a fração necessária da pena e que "não há notícia de conduta desabonadora". 

Com a progressão da pena, ele fica autorizado a dormir em casa e sair desde que cumpridas algumas condições. Cabo Júlio poderá sair de sua residência para cumprir atividades lícitas em toda a região metropolitana de Belo Horizonte entre 6h e 19h de segunda a sexta-feira e de 6h às 15h aos sábados. Nos domingos e feriados, ele deverá permanecer em casa. O sentenciado também está proibido de frequentar bares, boates e locais semelhantes e deverá se apresentar periodicamente, quando convocado, à UGME.

A reportagem tentou contato com a defesa do ex-parlamentar, mas o advogado não retornou. 

Máfia dos Sanguessugas

A Máfia dos Sanguessugas apurou irregularidades envolvendo o empresário Luiz Vedoin na compra de ambulâncias destinadas a municípios, por meio de emendas parlamentares. Cabo Júlio chegou a ficar 12 dias preso no 3º Batalhão de Bombeiros Militar e, depois, foi liberado para voltar às suas atividades na ALMG cumprindo as restrições do regime semiaberto.

Cabo Júlio, em uma carta escrita no ano passado enquanto cumpria pena no batalhão, nega o recebimento de propina do empresário. "Esse empresário me doou, de junho a novembro de 2012, R$112.000,00 (cento e doze mil reais) para a campanha, depositados na minha conta-salário pessoal no Banco do Brasil. Alguém envolvido em propina recebe valor em sua conta-salário?", alegou, na carta.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por