Funcionários de parques estaduais em Minas receberão salários atrasados

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
27/10/2016 às 13:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:24
 (Evandro Rodney/Divulgação)

(Evandro Rodney/Divulgação)

Funcionários terceirizados dos parques estaduais de Minas Gerais irão receber os salários que estavam atrasados há mais de dois meses. Em audiência no Ministério do Trabalho, realizada na última quarta-feira (26), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) concordou em efetuar o pagamento diretamente para os trabalhadores, sem intermédio da empresa Cristal Serviços Especializados, responsável pelos terceirizados.

A Cristal tem cinco dias para disponibilizar os dados dos servidores para que a Semad consiga quitar os salários atrasados. Após o envio da planilha, ainda há um prazo de cinco dias para que o valor seja transferido aos funcionários. Devido à falta de pagamento, duas unidades de conservação do estado (Lapa Grande, no Norte, e Pau Furado, no Triângulo) suspenderam a visitação e estão com atividades reduzidas. 

Além da Semad, estiveram presentes na audiência membros do sindicatos dos trabalhadores e funcionários do Parque Estadual Serra do Intendente, localizado em Conceição do Mato Dentro. A Cristal não compareceu à reunião. De acordo com a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), a empresa deixou de pagar os funcionários porque estava com a Certidão Negativa de Débitos - documento necessário para receber as verbas da Semad - vencida. 

A superintendente-executiva da Amda, Maria Dalce Ricas, comemora o acordo e destaca a importância de haver um acompanhamento preciso da atuação da Cristal com relação aos pagamentos. “Essa empresa já atrasou salários no início do ano pelos mesmos problemas de agora. Por mais que os funcionários não sejam contratados diretamente pelo estado, eles prestam um serviço ao governo de Minas, e é essencial assegurar o pagamento deles e verificar se a Cristal está cumprindo as cláusulas contratuais”, reforça.  

Além disso

No fim de 2014, o Hoje em Dia mostrou um outro problema de estrutura dos parques, que também comprometeu o funcionamento das unidades de conservação do Estado. Estações ecológicas, reservas, monumentos, refúgios, dentre outras áreas verdes que necessitam de carros apropriados para serviços de logística e atendimento ao turista, sofreram com a falta de combustível nos veículos que atendem às unidades. Marcações de visitas tiveram que ser reduzidas. Outros serviços, como fiscalização e combate a incêndio, também foram afetados já que os carros eram utilizados nessas atividades. O problema só foi resolvido no início do ano passado.

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