IEF e Uniube realizam primeira cirurgia de catarata em onça-parda feita no Brasil

Agência Minas
27/10/2021 às 16:58.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:08
 (IEF e Uniube / Divulgação)

(IEF e Uniube / Divulgação)

O Instituto Estadual de Florestas (IEF), em parceria com o Hospital Veterinário da Universidade de Uberaba (Uniube), realizou a primeira cirurgia de catarata em uma onça-parda feita no Brasil. 

A onça-parda fêmea, recebida no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, precisou passar pelo procedimento depois de sofrer um trauma na cabeça no ano passado, que provocou uma lesão ocular. Apelidada de Kiara pelos profissionais do Cetras, a onça tem 11 meses e pesa 31kg. E foi operada pelos oftalmologistas veterinários Fabrício Villela Mamede e Glauber Tasso, sob supervisão dos professores de oftalmologia veterinária da Uniube Renato Linhares, Cláudio Yudi e Ananda Teodora, além do médico veterinário do Cetras Patos de Minas, Rafael Ferraz de Barros. Antes da cirurgia que durou 1h30, Kiara passou por exames complementares como eletroretinograma, tonometria e ultrassonografia ocular.

O médico veterinário Rafael Ferraz de Barros destacou a importância de se reunir um grupo de profissionais renomados para realizar um procedimento tão complexo. “Ainda não havia relatos sobre esse procedimento na espécie. Foi um grande desafio para todos, mas a parceria funcionou perfeitamente e as expectativas para a recuperação são muito positivas”, comentou. 
 
A Onça-parda (Puma concolor) ‘Kiara’ chegou ao Cetras Patos de Minas em dezembro de 2020, com idade estimada entre 12 e 15 dias de vida, com um quadro neurológico de convulsões, ataxia, entre outros sintomas compatíveis de um quadro de trauma.  
 
Desde três meses de idade apresentou sequela decorrente do trauma, um quadro progressivo de catarata nos dois olhos  -   uma opacificação da lente do olho -, que prejudicou sua visão. 
 
No tratamento pós-cirúrgico no Cetras, Kiara vai ter acompanhamento médico com uso de colírios e medicações orais baseadas em antibióticos e anti-inflamatórios e vai receber dieta à base de proteína animal. Além disso, serão realizadas atividades de enriquecimento ambiental com intuito de estimular comportamentos naturais da espécie. 

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