Já são três os casos de destruição de monumentos religiosos em Minas Gerais desde o fim de semama. O último registro é o de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, que foi encontrada quebrada e jogada no chão da capela São José, em São João Nepomuceno, na Zona da Mata Mineira. 

A ocorrência se deu no fim de semana, mas como o templo não recebeu celebrações no sábado e no domingo, por se tratar de uma capela na zona rural, o ato só foi percebido nessa segunda-feira (22). Duas pessoas foram até o local e viram que a porta havia sido arrombada. Elas fizeram uma vistoria e constataram que nada havia sido furtado, mas a imagem da santa estava destruída.

A Arquidiocese de Juiz de Fora, responsável pela capela, afirmou ainda não saber os motivos do ato, mas desconfia que seja uma "atitude  de desrespeito e intolerância religiosa", em trecho de nota publicada em sua página no Facebook. A organização também afirmou que o pároco local faria o boletim de ocorrência nesta terça-feira (23).

Na postagem, a arquidiocese também anunciou que realizará um ato de desagravo na próxima sexta-feira (26), em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, como forma de honrar e professar a fé dos devotos. Haverá missa, procissão e coroação da imagem a partir das 19h.

Fim de semana de perdas

Outros dois casos foram registrados no Estado no fim de semana envolvendo depredação de patrimônios religiosos, um em Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas Gerais; e outro em São João Del Rei, no Campo das Vertentes.

Em Conselheiro Lafaiete, um rapaz de 25 anos entrou na igreja de São Sebastião durante a celebração de uma missa e derrubou a imagem de Nossa Senhora das Graças, escultura que tinha mais de cem anos. A motivação para o ato, segundo o que o jovem contou à Polícia Militar, era chamar a atenção das pessoas. Ele estaria tentando realizar uma cirurgia de mudança de sexo, mas não conseguia marcar o procedimento.

Já em São João Del Rei, um jovem de 21 anos escalou as paredes da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, estrutura tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e arrancou parte de uma escultura histórica ao cair de uma altura de aproximadamente seis metros. 

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