IML tem protocolo específico para analisar vítimas da síndrome nefroneural

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
15/01/2020 às 13:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:18
 (Reprodução/Street View)

(Reprodução/Street View)

Os óbitos suspeitos envolvendo a síndrome nefroneural, doença que teria sido provocada pela ingestão de cerveja contaminada, levaram o Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte a criar um protocolo específico para analisar os corpos das vítimas. Até o momento, duas mortes são investigadas. Uma terceira ainda pode entrar na lista.  

A informação foi dada pelo diretor do órgão ligado à Polícia Civil, José Resende Roberto Costa, nesta quarta-feira (15), durante uma coletiva no espaço, que funciona no bairro Gameleira, na região Oeste de BH. Detalhes sobre a atuação da equipe de legistas, no entanto, não foram repassados. 

Ainda na manhã desta quarta, o cadáver de um homem, que faleceu em um hospital particular da capital, foi recebido pelo IML. "Acreditamos que o corpo será entregue à família já nas próximas horas e o laudo deve sair entre 15 e 30 dias", disse Costa. A identidade da vítima não foi revelada.

A terceira morte em investigação é de uma mulher de 60 anos, de Pompéu, no Centro-Oeste mineiro. Conforme informações da Secretaria de Saúde do município, ela teria vindo à metrópole no fim do ano passado e consumido a Belorizontina.

Investigação

Uma força-tarefa foi criada para investigar as causas da grave doença nefroneural que, até o momento, teria deixado 18 pessoas doentes desde dezembro. A hipótese mais provável é que todas tenham sido intoxicadas após ingerir a cerveja fabricada pela Backer. Amostras de sangue de quatro pacientes (inclusive do homem que morreu em Ubá) indicaram a presença da substância tóxica dietilenoglicol. 

Após a ordem do Ministério da Agricultura para recolher todos os 21 rótulos produzidos desde outubro, a empresa informou ter acionado a Justiça, pedindo mais tempo para realizar o recall. Por nota, disse que precisa de um prazo maior para atender a medida “da melhor maneira possível”. Em coletiva, realizada nesta terça, a Backer pediu aos consumidores que não façam uso da Belorizontina e Capixaba.

A empresa nega a utilização de dietilenoglicol no processo de produção, mas reconhece que a substância foi encontrada no tanque de resfriamento e em garrafas de Belorizontina. Segundo a Backer, a substância usada no processo de resfriamento é o monoetilenoglicol.

Com informações de Cinthya Oliveira

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