'Novo normal' de shopping não tem bebedouro nem banco de descanso e impõe restrição de acesso a loja

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
06/08/2020 às 15:24.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:13
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

A praça de alimentação, que sempre foi ponto de encontro para o almoço ou happy hour, agora está com mesas vazias e cadeiras para cima. O cenário mostra a nova realidade dos shoppings centers de Belo Horizonte, que reabriram nesta quinta-feira (6), mas com uma série de regras. 

Agora, devido à pandemia do novo coronavírus, os restaurantes estão impedidos de receber os clientes. Vendas somente para retirada no local ou entrega. Salas de cinema também não podem receber ninguém. 

Quem circula pelos centros de compras não vai mais encontrar assentos para descansar após as compras. Isso porque os bancos foram retirados para impedir aglomeração e evitar que o cliente permaneça por tempo desnecessário no espaço.  Os bebedouros também sumiram. Lucas Prates/Hoje em Dia / N/A

As regras para os shoppings são mais rígidas do que as impostas para o comércio de rua

Nas lojas, o acesso é restrito e, naquelas que vedem roupas, o consumidor não pode experimentar as peças antes da compra. “As medidas são rígidas, mas necessárias. Acredito que assim será possível manter o comércio aberto com segurança”, avaliou a designer Luciana da Cunha, de 38 anos.

Regras

As regras para os shoppings são mais rígidas do que as impostas para o comércio de rua. Antes de entrar no centro de compras, o cliente precisa ter as mãos higienizadas e a temperatura corporal aferida. Acima de  37,8ºC, o consumidor fica impedido de entrar. 

Além disso, os corrimãos devem ser higienizados de hora em hora e, nas escadas rolantes, os clientes têm que manter um espaço entre os degraus. Em um shopping visitado pela reportagem, todas essas medidas estavam sendo seguidas à risca.

No entanto,  algumas recomendações foram ignoradas por parte dos consumidores. Atitudes como retirar a máscara de proteção para falar ao telefone, em tempos de pandemia, são perigosas, mas facilmente observadas em rápido giro pelo shopping. Tocar no corrimão da escada rolante também não é aconselhável, mas, talvez por hábito, alguns clientes se apoiavam. 

“Precisamos nos adaptar a essa nova realidade. A todo momento temos que nos policiar para não cometer deslizes”, observou a manicure Joyce da Silva Cardoso, de 21 anos. A jovem esteve em um shopping da cidade, neste primeiro dia de reabertura,  e acredita que se mantém segura. “Estou fazendo minha parte para não ser contaminada”, disse. 

Mesmo liberando os shopping, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) frisou que a pandemia não acabou e que os moradores não estão de férias. O chefe do executivo garantiu que voltará a fechar a cidade caso a população não respeite as regras sanitárias ou casos da doença explodam no município.

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