Operação da Polícia Civil fiscaliza asilos em Sete Lagoas

Da Redação
16/08/2019 às 16:51.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:01
 (Divulgação/PCMG)

(Divulgação/PCMG)

Agentes da Polícia Civil (PC), em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária de Sete Lagoas, na região Central do Estado, percorreram três asilos da cidade para fiscalizar as condições oferecidas aos idosos internados. A ação aconteceu nesta sexta-feira (16) e não encontrou irregularidades.

Segundo a PC, a iniciativa tem como objetivo proteger os direitos dos idosos na região e as fiscalizações devem acontecer ao longo de todo o ano. Nesta primeira vistoria, não foram constatados indícios de violência contra os idosos.

A corporação atuou somente na cidade de Sete Lagoas e não há informações, por enquanto, de que asilos em outras cidades também serão fiscalizados.

Maus-tratos

No fim de julho, um asilo na cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi interditado e cinco pessoas, quatro de uma mesma família e um cuidador, foram presas suspeitas de maltratar os internos. Ao chegar ao local, a Polícia Civil encontrou um ambiente completamente insalubre e sinais de violência nos idosos. 

A proprietária da instituição e a filha dela foram as primeiras presas em flagrante por tortura e desacato, no momento em que os policiais verificaram que a situação era ainda mais grave do que a relatada por um denunciante.

Sete internos acamados foram levados para o Hospital Municipal de Santa Luzia. Entre eles, havia uma senhora com traumatismo craniano, que poderia ter sido provocado por uma agressão recente, conforme a PC. Além disso, foram encontradas no local uma pessoa com ferida exposta e outra com pneumonia. Todos os internos apresentavam sinais de desidratação e anemia.

A Polícia Civil informou que, além de torturar internos acamados, os responsáveis pelo asilo são suspeitos de realizar transações financeiras ilegais nas contas dos pacientes. A denúncia foi feita pela delegada Bianca Prado, que prendeu os cinco suspeitos.

De acordo com a investigadora, a dona da clínica que está sendo chamada de "casa dos horrores", chegou a sacar a aposentadoria de internos que haviam morrido. "A viúva disse que ela não quis entregar os documentos e retirou a aposentadoria do paciente por dois meses após a morte dele", contou.

Uma outra idosa, considerada muito lúcida pela delegada, falou que assinou a procuração que deu poderes para a suspeita porque estava se sentindo coagida e ameaçada. As autorizações para administrar as contas de alguns internos foram apreendidas em um cômodo da casa de repouso.

O asilo, segundo Bianca Prado, era ilegal, mas funcionava há pelo menos seis anos. Neste período, ele esteve em três endereços diferentes para "fugir das fiscalizações". A Prefeitura de Santa Luzia confirmou que o estabelecimento não tinha alvará de funcionamento.

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