Operação nacional contra fraudes bancárias prende 29; sertanejo seria um dos hackers

Da Redação
17/09/2018 às 14:45.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:29
 (Reprodução/TV Globo)

(Reprodução/TV Globo)

A operação Open Door, comandada pelo Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro, terminou com 29 pessoas presas, nesta segunda-feira (17), todas suspeitas de participarem de uma quadrilha especializada em golpes bancários, segundo balanço preliminar divulgado pela Polícia Civil. 

A operação foi realizada, além do Rio de Janeiro, também em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Bahia. O esquema provocou prejuízo de R$ 30 milhões a bancos e correntistas em apenas um ano, entre 2016 e 2017, segundo o MP do Rio.

As prisões foram executadas durante a segunda fase da operação. A primeira etapa foi em agosto do ano passado e chegou ao chamado "núcleo operacional" da quadrilha, os aliciadores e laranjas. Foram identificados e indiciados 98 integrantes e expedidos 33 mandados de prisão.

Esta segunda fase mirou o "núcleo intelectual" da organização criminosa - hackers e lavadores de dinheiro. Foram indiciados 240 criminosos e expedidos 43 mandados de prisão preventiva. Segundo o MP, o bando tem atuação nacional e pratica crimes patrimoniais, retirando valores das contas por meio de transações fraudulentas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Computadores e celulares foram apreendidos nas casas de suspeitos presos no Rio e em Resende, no sul fluminense. Em Ponta Grossa (PR), foi capturado o cantor sertanejo Rick Ribeiro, que seria um dos hackers e usaria o dinheiro para financiar sua carreira.

Segundo MP, "os agentes criminosos enviavam spams de e-mails e mensagens tipo SMS, aleatoriamente, para milhares de pessoas físicas. Os spams continham mensagens, supostamente de instituições bancárias alertando sobre a necessidade de atualização de segurança da conta, com a indicação de link de acesso.

Ao clicar nesses links, a vítima era então direcionada a "websites phishing", com programas maliciosos que capturam informações de contas e senhas, abrindo caminho para a retirada de quantias das contas, de forma fraudulenta.

Em outra prática fraudulenta, um integrante da quadrilha telefonava para uma potencial vítima se fazendo passar por funcionário de banco em busca de dados pessoais para fins de recadastramento. 

Houve casos em que os bandidos conseguiram desviar até R$ 500 mil. Por meio de laranjas, a quadrilha adquiriu terrenos, apartamentos e salas comerciais para a ocultação de patrimônio.

*Com Estadão Conteúdo

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