Pacientes com traumas intensos recebem atendimento especializado no João XXIII

Vivian Chagas (*)
@vivisccp
28/06/2021 às 08:32.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:16
 (Reprodução/João XXIII)

(Reprodução/João XXIII)

O tratamento contra dores intensas, não raras insuportáveis, em pessoas que sofreram traumas, é referência no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, na capital. Os pacientes (maioria casos de urgência) recebem uma combinação de medicamentos e procedimentos – alguns invasivos, mas que ajudam no bem-estar e reduzem o tempo de internação. 

O serviço, ainda pouco conhecido, existe desde 2019 e atendeu cerca de 200 pacientes graves. Os cuidados podem durar dias ou semanas e o tipo de terapia varia conforme o estado de saúde, mas o acompanhamento é feito sempre por anestesiologistas especialistas em medicina da dor.Reprodução/João XXIII / N/A

Serviço contra a dor do João XXIII

Os benefícios também incluem a redução do estresse, melhora da atividade cardiorrespiratória, e pode evitar casos de ansiedade e depressão no pós-trauma.

Em alguns casos, a pessoa está com tanto desconforto que sofre alterações fisiológicas e psicológicas. “Trabalhamos como clínica assistente, auxiliando no tratamento de casos graves de difícil controle”, diz a especialista do hospital, Fernanda Fantini.

Paciente

A técnica em enfermagem Priscilla Aurélia Moreira Santos, de 43 anos, trabalha no João XXIII há 9 anos e precisou recorrer ao tratamento. Em fevereiro, ela sofreu um acidente de carro e precisou amputar o braço. Foram mais de duas semanas com a equipe.Reprodução/Arquivo Pessoal / N/A

A técnica em enfermagem Priscilla Aurélia Moreira Santos, de 43 anos, trabalha no João XXIII há 9 anos e precisou recorrer ao tratamento

Priscilla ficou três dias com um cateter recebendo medicamentos. Depois, seguiu com a medicação por via oral.

“O serviço não trata somente a dor física, mas sim, o paciente como todo. Tive melhora física e psíquica, além de ter o período de permanência no hospital reduzido”, contou.

Ela voltou a trabalhar, mas ainda não atua no atendimento direto aos pacientes, pois precisa de prótese – que custa cerca de R$ 390 mil. “Não me sinto incapaz, mas preciso de ajuda”, disse.

Quem também fez o tratamento foi Deborah Luiza Braz Rosa, de 35 anos. Ela, também do setor de enfermagem, sofreu uma queda em 2018 e teve uma lesão no punho. Passou por vários procedimentos, mas seguia com fortes dores 24 horas por dia, além da perda da força e mobilidade.

Em dezembro de 2019, iniciou o tratamento para controle da dor, recebendo bloqueios analgésicos, anestésicos e medicamentos. 

“Os benefícios foram evidentes. Hoje não estou 100% livre da dor, mas consigo levar uma vida bem melhor”, contou.[PE_BIOG]<EM>

(*) Especial para o Hoje em Dia

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