Prefeitura de Contagem exige wi-fi, aplicativo e renovação de frota para acatar aumento de passagem

Daniele Franco
04/01/2019 às 18:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:53
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

A tentativa de aumento no valor das passagens dos ônibus do transporte coletivo de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi mais uma vez negada pela prefeitura, nesta sexta-feira (4). Se quiserem aumentar o valor da tarifa na cidade, segundo o executivo municipal, as empresas terão que cumprir exigências que incluem instalação de internet wi-fi nos ônibus, desenvolvimento de aplicativo para acompanhar os horários e a renovação total da frota até 2020.

A decisão do prefeito Alex de Freitas (PSDB) foi anunciada durante uma reunião do Conselho Municipal de Trânsito para discutir o assunto. O encontrou reuniu o executivo municipal e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram).

Na reunião, foi apresentada a proposta de duas tarifas, R$ 4,50 para quem pagar a passagem em dinheiro e R$ 4,35 para usuários do cartão Ótimo. Entretanto, a oferta do sindicato foi recusada com base no que o prefeito acredita ser uma falta de contrapartida.

Freitas exigiu, então, que as empresas que operam as linhas invistam em melhorias para que as novas tarifas possam ser praticadas. "Enquanto as empresas não se comprometerem a melhorar significativamente a prestação dos serviços em Contagem, não aceitaremos nem um centavo de aumento", afirmou.

O Sintram, por sua vez, alegou que não seria possível renovar a frota nas condições exigidas - 50% em 2019 e o restante em 2020, e afirmou que o máximo que poderia ser feito é renovação de 30% dos veículos neste ano.

A reunião desta sexta trouxe às empresas a segunda negativa. A proposta inicial do Sintram era um aumento de 17%, ou seja, a tarifa passaria de R$ 4,05 para R$ 4,75. O prefeito vetou o pedido e exigiu novas propostas. 

Uma nova rodada de negociações foi marcada para a próxima segunda-feira (7). A reportagem procurou o Sintram para comentar a decisão, mas ainda não obteve retorno.

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