Após tragédia provocada por temporal em BH, Zema propõe parceria entre Estado e prefeituras

Daniele Franco
dfmoura@hojeemdia.com.br
16/11/2018 às 15:46.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:52
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Após as tragédias causadas pelo temporal que atingiu Belo Horizonte nessa quinta-feira (15), quando três pessoas morreram, o governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), se pronunciou e emitiu uma nota lamentando o ocorrido.

Na declaração, divulgada pela assessoria do futuro chefe do executivo mineiro, Zema se comprometeu a buscar soluções para que esse tipo de ocorrência não volte a acontecer. "Caberá a nós do Estado, em conjunto com os municípios da Região Metropolitana, tomarmos medidas preventivas, para que esse tipo de fato letal não ocorra mais", informou em nota.

Para ele, a melhor forma de evitar esse tipo de tragédia é buscar uma urbanização responsável de modo a não impermeabilizar tanto o solo. "Em toda cidade baseada mais em asfalto e concreto é questão de tempo ocorrerem essas tragédias. Onde o problema já existe, temos que solucioná-lo. E, onde não existe, nos planejarmos para que não ocorra no futuro, evitando essa impermeabilização do solo, que é a grande causa dessas catástrofes relacionadas às chuvas", finalizou.

Leia o comunicado na íntegra:

É lamentável que a chuva de ontem tenha causado tantos danos e, principalmente, a perda de vidas. Caberá a nós do Estado, em conjunto com os municípios da Região Metropolitana, tomarmos medidas preventivas, para que esse tipo de fato letal não ocorra mais. A melhor forma de evitar isso é buscar uma urbanização responsável, com mais áreas verdes, que não impermeabilize tanto o solo. Em toda cidade baseada mais em asfalto e concreto é questão de tempo ocorrerem essas tragédias. Onde o problema já existe, temos que solucioná-lo. E, onde não existe, nos planejarmos para que não ocorra no futuro, evitando essa impermeabilização do solo, que é a grande causa dessas catástrofes relacionadas às chuvas.

Tragédia

Três pessoas perderam a vida após serem vítimas de consequências da chuva torrencial que atingiu Belo Horizonte na quinta-feira (15). Cravado pela Defesa Civil como o dia mais chuvoso do ano na capital, o feriado de Proclamação da República terminou com uma mãe e uma filha, de 40 e 5 anos, encontradas mortas dentro do carro, que foi arrastado pela enxurrada na avenida Vilarinho, e uma adolescente desaparecida após tentar sair do carro em que estava. O corpo de Anna Luísa Fernandes, de 16 anos, só foi encontrado no início da tarde desta sexta-feira (16), a quatro quilômetros do local em que desapareceu.

Além das mortes, o funcionamento do metrô também ficou comprometido por quase 20 horas. O alagamento na avenida Vilarinho chegou à plataforma da estação, tomou ônibus e os trilhos do metrô, que ficaram sujos pelo lixo trazidos com a água. A ocorrência interrompeu o funcionamento dos trens urbanos na Vilarinho e na Estação Floramar, que só voltaram a atender os passageiros no início da tarde desta sexta-feira.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), por sua vez, anunciou na manhã desta sexta-feira que apresentará um projeto de obras nos córregos do Nado e Vilarinho, em Venda Nova, para evitar alagamentos durante as chuvas e classificou o episódio como "tragédia anunciada". 

O chefe do executivo municipal ainda assumiu a responsabilidade pelas ocorrências. "A culpa é do prefeito. Estou muito triste, muito despreparado para a morte. Em caso material, a prefeitura tem estrutura, preparo, técnica, dinheiro. Isso tudo estará resolvido na segunda-feira e não me preocupa. O que me preocupa são as vidas que foram levadas", afirmou.

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