Semana pela Paz em Casa termina com cinco condenados por feminicídio em BH

Daniele Franco
dfmoura@hojeemdia.com.br
23/08/2018 às 18:30.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:04
 (Divulgação/TJMG)

(Divulgação/TJMG)

O último acusado de feminicídio julgado durante a 11ª Semana da Justiça Pela Paz em Casa foi condenado nesta quinta-feira (23), no Fórum Lafayette, a sete anos e dez meses de prisão. Embora a pena deva ser cumprida em regime fechado, o homem poderá aguardar a fase de recursos em liberdade, mas com medidas protetivas.

O réu era acusado de tentar matar duas mulheres a facadas. O crime aconteceu em 2015, quando o homem, inconformado com o fim do relacionamento, atentou contra a vida da ex-companheira e de uma outra mulher. A sentença foi proferida pela juíza Marixa Rodrigues, presidente do 1º Tribunal do Júri.

Mutirão da Justiça

Este foi o último sentenciado durante o mutirão que julgou outros quatro casos de feminicídio no Fórum Lafayette. O primeiro foi condenado a 11 anos e três meses por tentar matar a ex a facadas. O segundo era acusado de asfixiar a companheira por não concordar com a decisão da mulher de continuar na prostituição; ele foi condenado a 15 anos e 10 meses. Depois, o tribunal julgou o acusado de tentar matar a companheira com três tiros na frente de um taxista. O homem, que teria pedido desculpas ao motorista antes de atirar na mulher, foi condenado a 12 anos de prisão. O quarto réu a ser condenado por feminicídio é acusado de atear fogo na companheira depois de uma discussão banal; ele foi sentenciado a 14 anos e 5 meses.

Além dos casos de feminicídio, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgou uma série de outros processos de violência doméstica e contra a mulher durante a semana, que começou na segunda-feira (20). No encerramento, o juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, que representava o presidente do TJMG Nelson Missias de Morais, reafirmou a importância desse tipo de ação. "Este evento demonstra mais uma vez a sensibilidade do Tribunal com os casos de violência domestica, hoje,  em especial, nos casos de crimes dolosos contra a vida, tudo buscando a efetividade da jurisdição".

A campanha é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e é realizada em todo o país.

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