Sirene toca na madrugada e assusta moradores em Brumadinho

Mariana Durães
04/02/2019 às 10:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:23
“É com perplexidade que recebemos a notícia. É revoltante saber que desembargadores do TRF-6 reconheceram, deram efetividade ao habeas corpus apresentado pelo ex-presidente da Vale, que, sim, era conhecedor de que a barragem era instável”, disse a presidente da Avabrum, Andresa Aparecida Rocha Rodrigues (Flávio Tavares/ arquivo Hoje em Dia)

“É com perplexidade que recebemos a notícia. É revoltante saber que desembargadores do TRF-6 reconheceram, deram efetividade ao habeas corpus apresentado pelo ex-presidente da Vale, que, sim, era conhecedor de que a barragem era instável”, disse a presidente da Avabrum, Andresa Aparecida Rocha Rodrigues (Flávio Tavares/ arquivo Hoje em Dia)

Uma sirene tocou na madrugada desta segunda-feira (4) em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e assustou moradores da região, que foi parcialmente devastada pela enxurrada de lama que vazou após o rompimento da barragem de rejeitos de minério na Mina do Feijão. 

O avisou chamou a atenção das  forças de segurança. O temor era pelo colapso de outra barragem que também pertence à Vale e que, no último dia 27, apresentou risco de desabamento. A mensagem alertando sobre a possível ruptura de uma nova estrutura circulou nas redes sociais, aumentando o medo da população.

A situação, contudo, não passou de um grande susto. Policiais militares seguiram o sinal sonoro e foram até a área da empresa Mineral do Brasil. Lá, descobriram com um funcionário que o som é um procedimento normal. A sirene é acionada quando máquinas e equipamentos são ligados para avisar que os trabalhos estão começando e evitar que os funcionários estejam nos locais e se acidentem. Nesta madrugada, foi acionado por volta de meia-noite.

Logo após esclarecido o mal-entendido, o Corpo de Bombeiros desmentiu a informação de que sirenes tenham sido acionadas pela mineradora Vale, onde a barragem da Mina do Córrego do Feijão se rompeu em 25 de janeiro. “A informação não procede”, destacou a corporação, por meio de nota. 

“Parece que teve um som, mas não foi proveniente da região afetada pelo rompimento da barragem ou de outra barragem da Vale”, completou. 

Trabalhos

Na região da tragédia, as buscas permanecem suspensas desde o fim da tarde de domingo (3), devido a chuvas. Conforme último balanço, divulgado no sábado (2) pela Defesa Civil, são 121 mortos, sendo 107 identificados, além de outros que 212 ainda estão desaparecidas.

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