Suspeito de crimes sexuais contra 173 mulheres obrigava vítimas a assinarem contrato de escravidão

Daniele Franco
11/10/2019 às 17:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:11
 (Divulgação/PCMG)

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O homem de 30 anos que foi preso na última semana pela Polícia Civil de Minas em Juatuba, na Grande BH, suspeito de estupros e crimes contra a dignidade, obrigava suas vítimas a assinarem um "contrato de escravidão" e a gravarem vídeos confirmando que estariam de acordo com o documento. As investigações identificaram 173 mulheres vítimas do crime, entre elas, adolescentes. O suspeito atuava em dezenas de cidades em 13 estados diferentes.

A ação criminosa começava pelas redes sociais, onde o suspeito atraía mulheres para serem "sugar babies", ou seja, para terem relacionamentos com homens mais velhos e ricos em troca de favores financeiros. Após alguns contatos, o homem pedia imagens íntimas das vítimas e usava as fotos para chantageá-las. O suspeito obrigava as jovens a enviarem vídeos eróticos e a se encontrarem com ele. Nestes encontros ele ainda estuprava as vítimas, conforme contou o delegado responsável pelo caso, Magno Machado Nogueira, do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes (DEF).

Batizada de Sodoma, a operação apreendeu uma série de materiais com o suspeito, como computador, notebook, tablet, aparelhos celulares, chips telefônicos, pendrives, CDs, além de vários objetos e produtos eróticos e pornográficos. Nos aparelhos eletrônicos, os policiais encontraram um banco de dados com informações pessoais das vítimas, com fotos, vídeos e informações de familiares. Ele ainda tinha as senhas das redes sociais das vítimas e usava as informações para ameaçá-las. 

Além dos diversos estupros, o homem é suspeito de praticar, ainda, atos de sadismo. Entre as exigências dele às mulheres, estavam atitudes constrangedoras como filmar o ato sexual das vítimas com cães e homens aleatórios na rua e depois encaminhar o material para ele.

Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam e ainda há a possibilidade de ele ter feito mais vítimas além das que já foram identificadas.

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