Clandestinos de Confins são alvo de operação do DER

Raquel Ramos - Hoje em Dia
18/03/2014 às 07:01.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:41
 (Eugênio Morais)

(Eugênio Morais)

Cooperativas ilegais de táxi que atuam no Aeroporto de Confins, na Grande BH, estão na mira do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG). Na última segunda-feira (17), o órgão iniciou uma operação de reforço para fechar o cerco aos motoristas que trabalham na clandestinidade.

A medida foi tomada três dias após a publicação de reportagem do Hoje em Dia relatando que, apesar da fiscalização, os falsos taxistas continuam a agir sem constrangimento.

“O número de agentes em rua aumentou de 12 para 32. Eles não ficarão exclusivamente em Confins. Adotamos algumas variáveis para surpreender esses grupos”, afirmou João Baeta, diretor de fiscalização do DER.

A ação foi motivada por uma desconfiança do órgão de que os taxistas irregulares estão com novas estratégias para driblar a fiscalização rotineira. “Isso nos força a mudar o nosso método também”. Alguns recorrem ao uso de aplicativos, como o WhatsApp, para escapar da fiscalização.

Um balanço com o resultado da operação será divulgado nesta sexta-feira. Mesmo que os números sejam tímidos, João Baeta garante que a medida, certamente, não será em vão. “Ainda que ninguém seja preso nesta semana, o simples fato de conseguirmos inibir a prática é um grande ganho”. Além disso, a ação poderá se repetir em outras épocas para confundir os taxistas clandestinos.

Nos dois primeiros meses de 2014, o DER fez 250 abordagens de veículos suspeitos de transporte irregular na região de Confins. Desse total, 25 foram apreendidos e os motoristas detidos.

RISCOS

Diante dos preços mais baixos, ceder ao transporte ilegal pode parecer uma boa opção aos viajantes. Mas João Baeta alerta para os riscos a que os passageiros estão sujeitos. “Não há nenhuma garantia de segurança. Os veículos não passam por revisões periódicas, o condutor nem sempre tem a habilitação adequada e, se o veículo for pego, o passageiro poderá atrasar a chegada ao destino ou, se estiver indo para o aeroporto, perder o voo”. Ele acrescentou que há registros de bagagem extraviada, assaltos e estupro.

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