Com audiência adiada, Érika Passarelli é indiciada por outro crime em Ouro Fino

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
02/09/2013 às 14:38.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:34
 (Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)

(Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)

A estudante de direito acusada de planejar a morte do próprio pai e aplicar golpes em comerciantes, Érika Passarelli Vicentini Teixeira, de 29 anos, foi indiciada, nesta semana, por outro crime, na comarca de Ouro Fino, Sul de Minas. Os detalhes da denúncia ainda são desconhecidos pelo defensor Fernando Magalhães. “Ela já recebeu a denúncia, mas ainda não tive acesso à cópia do processo”, afirmou.

A denúncia pode ser do caso de um taxista que teria negociado a venda de uma casa naquela cidade, onde a avó de Érika mora. O homem procurou a polícia, em 2011, alegando que a estudante sumiu depois de ele ter feito vários depósitos como pagamento do imóvel.

Ele nunca teria recebido o documento de transferência da escritura da casa. A reportagem do Hoje em Dia procurou o promotor Mário Correia da Silva Filho, que era responsável pelo caso na comarca da cidade, mas ele encontrava-se em uma audiência.

Apesar da extensa ficha criminal, Érika só vai sentar no banco dos réus em 2014.  Isso porque a primeira audiência de instrução da qual ela é ré estava marcada para a próxima quinta-feira (5), mas foi remarcada para o dia 30 de outubro do próximo ano, às 15h30.

A sessão refere-se ao crime de estelionato, que teria ocorrido após Érika fazer compras em uma loja de roupas e pagar com cheque de uma conta bancária que já havia sido encerrada. Na ocasião, a administração do estabelecimento entrou em contato com a acusada, que devolveu as peças.

O advogado de Érika afirmou que a mudança na data da audiência ocorreu por um problema na agenda dele. No entanto, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o juiz auxiliar da 8ª Vara Criminal, Alexandre Cardoso Bandeira, justificou a troca para atender casos de prioridade, quando o réu está preso. Embora ela encontra-se reclusa pela acusação de ter planejado a morte do próprio pai, a Justiça considera que Érika está em liberdade pelo crime de estelionato.

Para este crime, a pena prevista é de um a cinco anos de reclusão, mas como Érika devolveu as peças de roupa, a pena pode ser reduzida de um a dois terços. De acordo com o TJMG, a decisão do juiz foi publicada em junho.

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Adiamento

Sobre a remarcação da audiência de instrução de Érika Passarelli, o advogado Fernando Magalhães disse que a cliente não teve prejuízos. “Eu tinha uma audiência marcada para o mesmo dia e pedi ao juiz para adiar um dos dois casos, ele optou pelo da Érika”, afirmou.

A estudante recebeu a notícia do adiamento no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. “Ela está muito tranquila. De um lado esse adiamento a satisfaz, já que ela não queria mudar de defensor, mas por outro ela só quer que tudo isso acabe”, afirmou Magalhães que esteve com a cliente na sexta-feira (30).

Morte do pai

A Justiça mineira definiu que http://www.hojeemdia.com.br/minas/justica-confirma-que-estudante-de-direito-que-arquitetou-morte-do-pai-vai-a-juri-popular-1.123396 por supostamente planejar o assassinato de Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, para receber mais de R$ 1 milhão em apólices de seguro.

O crime ocorreu em 5 de agosto de 2010. A data da sessão, contudo, ainda não foi marcada, mas há mais de um ano ela está presa no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto.

Em dezembro do ano passado, a comarca de Itabirito, região Central de Minas, já havia pronunciado a decisão. No entanto, a defesa da ré recorreu da decisão, alegando que não havia provas do crime e que não há testemunhas do crime.

Os defensores pediram, ainda, que os juízes não considerassem as qualificadoras do homicídio - motivo torpe e mediante dissimulação. Os advogados de Passarelli argumentaram, também, que o pai da estudante tinha envolvimento com diversos crimes e, por isso, várias pessoas poderiam ter cometido o assassinato.

De acordo com Fernando Magalhães, o recurso foi aceito e parte da denúncia desconsiderada. O trecho que explicita quais termos a Justiça reconsiderou, porém, ainda não foi publicado.

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