Quase 2 mil pacientes com Covid-19 estão na fila de espera por um leito para internação em hospitais de Minas Gerais. De acordo com o governador Romeu Zema, ao menos 1.956 pessoas aguardam uma vaga em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Estado. A informação foi divulgada pelo mandatário nas redes sociais, na noite de quarta-feira (24).

Do toral, 714 mineiros precisam de ir para a terapia intensiva e outros 1.242 para enfermarias. “Estamos acompanhando um aumento rápido de pacientes em estado grave. Por isso, é muito importante que os municípios sigam a Onda Roxa. É dessa forma que a propagação do vírus vai diminuir e a ocupação nos hospitais também”, disse Zema em uma publicação no Twitter.

Hoje, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), 93,41% dos leitos de UTI estão ocupados e 2.525 pessoas estão internadas. Em todo o território, restam apenas 178 vagas de terapia intensiva.

Também pelo Twitter, o governador apontou que o número de óbitos em Minas aumentou 6,98% em uma semana – entre 17 e 24 de março. No mesmo período, os casos confirmados da doença avançaram em 6,27%.

Para tentar evitar que a transmissão do novo coronavírus siga em aceleração, o chefe do Executivo estadual reforçou a importância do isolamento e voltou a pedir que os mineiros respeitem as medidas sanitárias necessárias no combate à Covid-19. “Se respeitarmos as medidas necessárias, mais rápido iremos voltar ao normal”, finalizou Zema.

Desde a última quarta-feira (17), todo o território mineiro está na Onda Roxa, fase mais rigorosa do programa Minas Consciente. Apenas serviços essenciais podem funcionar e há restrição na circulação de pessoas, com toque de recolher entre 20h e 5h. A medida segue no Estado por pelo menos mais dez dias, até o domingo de Páscoa, em 4 de abril. 

A decisão foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta (24). O representante da pasta também informou que, em apenas três dias, o número de pacientes que aguardam por internação nos hospitais públicos aumentou 51,9%. Segundo o titular da pasta, esse índice mostra que o crescimento da doença é maior do que a capacidade de abertura de leitos, o que tem sido o grande problema no momento atual da crise sanitária. 

De acordo com a SES, mais de 1 milhão de pessoas já testaram positivo para o vírus desde o início da pandemia, há um ano. Destas, mais de 22 mil perderam a vida por complicações da doença.

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