Comerciantes de BH expandem rede de proteção

Germana Delage - Hoje em Dia
03/03/2015 às 07:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:12
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

Após contribuir com uma redução de pelo menos 20% dos crimes nas regiões da Savassi e Lourdes, a Rede de Comerciantes Protegidos começa a ser expandida para outros bairros de Belo Horizonte. Implantado em outubro passado, o projeto se baseia na troca de informações entre os lojistas por meio do WhatsApp, como textos, imagens e vídeos instantâneos.

Nos próximos meses, o programa estará presente no Barro Preto, região Centro-Sul, e no hipercentro da capital. Atualmente, além da Savassi, que já conta com a participação de 123 estabelecimentos também há monitoramento de bares em Lourdes. A expectativa da Polícia Militar, responsável pela criação do sistema, é a de que a adesão cresça mais.

O programa é uma parceria entre Polícia Militar de Minas Gerais, Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais, e tem ajudado na manutenção da segurança, fornecendo informações relevantes, como a presença de suspeitos ou a realização de ocorrências.

De acordo com o Subcomandante do 1º Batalhão da PM, major Eugênio Valadares, o sistema tem sido extremamente útil, valioso, e a aceitação é grande entre os comerciantes. “Podemos compartilhar fotos, imagens, filmar ações suspeitas, tudo em tempo real. Os dados servem para alertar a todos que utilizam o sistema, criando provas em relação à crimes cometidos e realizando eventuais prisões em flagrante. É uma ferramenta preciosa”, esclareceu o major.

Experiência

Proprietário de um restaurante mexicano na Praça da Savassi, Leandro de Castro utiliza o sistema desde o início da implantação e confirma a eficácia da ferramenta. “Com o uso do celular, a coisa é imediata, ou seja, monitoramos imediatamente a ação de suspeitos e enviamos a descrição deles para o grupo do WhatsApp. Isso facilita a ação da polícia, que age com mais rapidez e consegue evitar que a ação seja concluída”, explicou Leandro.

A Rede de Comerciantes Protegidos tem como objetivos reduzir a vulnerabilidade dos estabelecimentos, aumentar a sensação de segurança, estimular a segurança baseada na solidariedade do vizinho, proporcionar condições mais adequadas para discussão e solução de problemas, e substituir a ausência de vigilância por ações preventivas e proativas, coibindo a ação delituosa.

Ela possui um sistema prático e simples onde inicialmente é realizado um credenciamento em que são catalogados todos os comerciantes de cada rua.

Após esse processo, é enviado para os lojistas um formulário de compromisso, constando o nome, estabelecimento e número de celular. Assim, os participantes da rede iniciam a troca de informações por meio do aplicativo WhatsApp.
 

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