Comitê de combate à Covid analisa pandemia em BH e futuro da flexibilização será anunciado na sexta

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
19/08/2020 às 08:03.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:19
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Os números da Covid-19 em Belo Horizonte, após duas semanas da retomada do comércio na cidade, começam a ser analisados nesta quarta-feira (19) pelo Comitê de Enfrentamento para determinar o avanço ou recuo da flexibilização. A expectativa é a de que a decisão seja anunciada pela prefeitura na próxima sexta-feira.

O que vai acontecer, de fato, ainda não é possível prever, afirma o infectologista Estevão Urbano, um dos membros do grupo. “Vai depender dos números (da doença) de hoje (ontem), amanhã (hoje), quinta e sexta”.

Na balança vão pesar o índice de transmissão do novo coronavírus, o chamado Rt, e a ocupação de leitos de UTI e enfermaria exclusivos para pacientes diagnosticados com Covid-19.

Índices

Até a última sexta-feira, conforme boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura, o Rt estava em 0,91 – que coloca o indicador na faixa verde e favorável ao avanço da flexibilização. O alerta surge quando passa de 1.

A ocupação da terapia intensiva, até segunda-feira, está em 63%, somadas as vagas em hospitais públicos e privados. Levando em consideração apenas os do SUS-BH, chega a 66% – abaixo dos 70% preconizados para a possibilidade de flexibilização. Já os leitos de enfermaria destinados a pacientes com a doença têm ocupação de 48,6%, juntando as duas redes de saúde.

O infectologista Estevão Urbano ressalta que os impactos da fase 1 do plano de retomada do comércio da capital, a partir de 5 de agosto, começam a ser sentidos agora. Por isso, o médico afirma que os dados precisam ser bem avaliados.

Em 13 dias de reabertura, os casos da doença subiram quase 30% na cidade, passando de 22.676 para 29.273 até ontem. Já os óbitos por conta de complicações do novo coronavírus cresceram 36% no mesmo período: de 615 para 839.

Vale lembrar que, nesta fase, lojas de rua podem funcionar de quarta a sexta-feira, das 11 às 19h. A abertura dos shoppings está permitida nos mesmos dias, mas de 12h às 20h - praças de alimentação somente por delivery ou retirada, sem consumo no local. Já os serviços de cabeleireiros, manicures e pedicures têm permissão para reabrir de quinta a sábado.

A expectativa dos comerciantes é que a autorização passe a ser de terça a sexta-feira a partir da próxima semana. Nesta terça-feira (18), após reunião com Alexandre Kalil, o presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), Nadim Donato, disse que as vendas caíram 70%.

Ele destaca a importância da reabertura da fase 1, mas reivindica que seja atendida a proposta da entidade: de ampliar em mais um dia o funcionamento dos pontos comerciais.

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