Concurso do Hoje em Dia premia conto de fadas com viagem a resort

Hoje em Dia
12/06/2015 às 06:22.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:26
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

De um cantinho do Parque Municipal a Las Vegas, dos encontros da infância aos da maturidade. Vidas que se cruzaram em trajetórias de amor, contadas ao Hoje em Dia.

Com cerca de 200 relatos inscritos no concurso “Minha história de amor”, uma comissão julgadora do jornal selecionou as 12 melhores narrativas. O convite aos leitores valeu a pena.

Nessas duas páginas você poderá curtir trechos das memórias narradas pelos protagonistas.

A campeã foi a enviada por Carina Jorge Machado Nobi, de 27 anos, moradora do bairro Betânia, na região Oeste de BH. A designer de interiores que escreveu uma dezena de cartas para o futuro marido, sem ao menos conhecê-lo.

O relato rendeu à moça e ao companheiro dela um fim de semana no Hotel Resort Tauá Caeté.

Confira as histórias:

1º - Carina Jorge Machado Nobi
CARTAS DO CORAÇÃO

Era uma vez...pode ser muito clichê este início de história, mas a nossa não poderia começar de forma melhor, já que parece mesmo um conto de fadas. Quando era criança, me encantava com as histórias infantis e sonhava que um dia meu príncipe, num cavalo branco, jegue, bicicleta ou até mesmo a pé, apareceria. Brincava com algumas amigas minhas de ser princesa da Disney e tinha a certeza que, como elas, uma hora eu encontraria o meu “felizes para sempre”.

Com 17 anos resolvi escrever cartas para o meu futuro marido. Isso mesmo, comecei a escrever cartas para quem eu ainda nem conhecia. Nelas contava para o meu amado o que estava acontecendo naquele momento da minha vida e dizia a ele o quanto o meu coração estava ansioso para encontrá-lo, além de rezar e pedir a Deus que o abençoasse.

Mal sabia eu que já o conhecia. Nós participávamos do mesmo grupo de jovens, mas ele era o último menino que eu pensaria em namorar. Por alguns meses, acabamos fazendo juntos um trabalho voluntário para uma obra social. Quando soube que ele estaria comigo nesse mesmo lugar, logo pensei: “Não vou aguentar esse menino!” E como aguentei! Meses depois quando terminamos os trabalhos já éramos grandes amigos, nos apaixonamos e começamos a namorar.

Com menos de 2 anos de namoro ficamos noivos e aí as minhas cartas secretas já tinham um destinatário, que se chamava Tiago. Sem ele saber da existência dessas cartas, continuei escrevendo e entregando nelas todo o meu coração.

Um ano e 8 meses depois do noivado, no início da primavera, chegou o dia do nosso casamento. Era o dia que havia esperado por anos. E depois de 7 escrevendo para o meu futuro marido, entreguei a ele as cartas em que havia expressado todo o meu amor e espera e assim começamos a viver o nosso felizes para sempre.

2º - Carolina Rodrigues Chaves Nogueira
AMOR DE VERÃO

Ela, brasileira. Ele, argentino. Os dois com uma paixão: viajar. Se conheceram no lugar mais óbvio para um viajante, e menos óbvio para o amor. Um hostel. Era uma noite perdida de segunda-feira, onde ela e as amigas já não tinham muitas expectativas, além de uma cerveja e cama. Ele aparece com seus amigos argentinos, puxando um papo divertido em espanhol, e tem início uma noite linda, que mudaria o resto de suas vidas. Foram uma, duas, três e várias cervejas, muito portunhol e risadas. Um clima de romance, uma vontade de se conhecer melhor, de estar perto, de trocar um beijo. E o beijo veio, ao amanhecer, uma brasileira e um argentino, sob o sol da manhã.

Ela voltaria para BH no mesmo dia. Trocaram telefone e contatos, sem muita perspectiva de reencontro, mas com um amor de verão no coração e a vontade de quero mais. Passaram a se falar algumas vezes por semana, que se tornaram diárias, profundas. Crescia a vontade de se ver, crescia a vontade de estar junto, e crescia a insegurança e o medo de um amor à distância. Se encontraram algumas vezes, loucas, intensas, e o amor prosperava. E havia lágrimas. Havia mágoa por estar longe, por não se conseguir assumir que o que sentiam era, deveras, verdadeiro. Mágico.

Houve “Eu te Amo”. Houve “Acho melhor não nos falarmos mais”. Houve uma despedida no aeroporto, banhada a lágrimas, onde houve, também, uma certeza. “Vou me mudar para o Brasil. Vou ficar com você”.

Ele largou tudo. Trabalho, família, amigos, seu país. Depois de um ano de amor e lágrimas, de alegrias e inseguranças, de medo e aventura, eles estavam juntos. Juntos, de não se separar mais. Montaram sua casinha juntos, fazem planos para o futuro juntos, cultivam o amor, no dia a dia, juntos. Ela, brasileira. Ele, argentino. Um amor de verão, um amor pra vida.

3º – Danilo de Oliveira Mello
DO AÇAÍ PARA A DELEGACIA

Eu e Bethânia nos conhecemos no Maternal, em 1984, onde já demonstrava afeição por ela (mas ela sempre pensou que fosse bullying – uma vez que ela não considerava puxões de cabelo e pisões no pé como amor). Formamos e estudamos juntos o 1º grau em outra escola, porém sem contato. Na faculdade, em 2005, nos reencontramos, onde apenas nos cumprimentávamos.

Em 2012, por conta do destino, no Centro de BH, avistei uma menina em uma lanchonete de costas e pensei: “que gatinha!”, quando se virou, era ela. A partir daí começamos a conversar, eu estava noivo e ela solteira. O papo evoluiu, eu terminei o noivado e começamos a sair. Saímos por algumas vezes e decidimos namorar. Mas antes disso, ela me repreendeu pelos “atos amorosos” de infância.

Namoro estabelecido, fomos ao 1º encontro oficial (Bethânia disse aos pais que iria dar uma volta no bairro e talvez ir ao cinema). O pai dela entendeu apenas que iríamos ao cinema. Decidimos tomar um açaí perto da minha casa. Após um tempo, ela consultou o celular e verificou 14 chamadas não atendidas. Quando retornou a ligação, um policial atendeu dizendo que deveríamos nos dirigir à delegacia com urgência. Lá, descobrimos que a mãe dela havia recebido o “trote do sequestro” e acreditou, pois não conseguiu contato com a filha.

Por acharem que estávamos no cinema, todas as sessões do Via Shopping Barreiro, Itaú Power e Big Shopping desse dia foram interrompidas para buscas policiais de Danilo e Bethânia e, ao final, foi confirmado que tudo não passou de um tremendo susto. (Detalhe, na delegacia, fui oficialmente apresentado aos pais dela, que quase entregaram uma boa quantia de dinheiro a bandidos). E esse é o registro do nosso 1º encontro como namorados e a nossa história, da qual damos risadas. Hoje, somos noivos e felizes.

4º – Flávia Oliveira Costa
NO CANTINHO DO PARQUE

Essa história de amor não é sobre mim, mas sobre os meus avós. Aos 33 anos, João era um homem casado, porém, não se sentia muito feliz. Em um domingo do ano de 1960, ele andava pela rua do bairro Santa Tereza e se encantou por uma linda jovem de olhos verdes e cabelos pretos que passava por lá. João, sem graça, resolveu abordar a moça com uma flor que colheu do jardim. Ela, surpresa, aceitou o presente e se apresentou. O nome dela era Geralda e tinha 14 anos.

A partir desse dia, João e Geralda não conseguiam mais tirar os olhos um do outro. Entretanto, esse era um amor quase impossível, pois ele era casado e ela muito nova para se envolver com um homem tão mais velho. Sempre tinham encontros escondidos, marcados no mesmo lugar: um cantinho do Parque Municipal. Era incrível a conexão que tinham um com o outro. Mesmo que tivessem idades tão diferentes, isso não fazia diferença nas conversas, no carinho e na compreensão que tinham um pelo outro.

Porém, precisavam resolver essa história, não podiam namorar escondido para sempre. Então, como Geralda era de uma família muito tradicional, decidiu fugir e, João, terminar o casamento. Ele alugou um apartamento e ela foi morar lá enquanto João pedia o divórcio. Um ano depois, eles se casaram. Durante 49 anos, foram casados e tiveram cinco filhos. Depois do falecimento do meu avô, minha avó vai todos os dias ao Parque Municipal e se senta onde eles costumavam ficar.

5º – Maria Leides Rolim Gonçalves
MINAS COM BAHIA

Maria: Eu era uma típica moça do interior de Minas, assim como muitas, chamada Maria. Nasci na roça e agora trabalhava em uma loja. Provavelmente meu destino seria casar e, com sorte, mudar para alguma cidade aqui perto. Mas eu tinha sonhos, sonhava conhecer o Brasil, que aprendi na escola, é bem grande. Um dia, chegaram alguns homens para trabalhar na cidade. Nunca gostei de “homens de firma”, acho todos safados. Mas um me chamou a atenção. Ele é tão lindo, educado, inteligente.

Vitório: Nasci no interior da Bahia. Tive uma infância de muito trabalho em fazendas de cacau. Aos 18 anos, comecei a trabalhar numa empresa e, com muito esforço, consegui me tornar encarregado. Meu trabalho exigia que eu viajasse por todo país. Gosto disso, apesar da saudade da minha família. Um dia, conheço uma bela morena de cabelos curtos, muito falante que trabalha em uma loja. Foi paixão à primeira vista.

Maria: Começamos a namorar, ele conhece a minha família e logo conquista a todos. Após um ano, ficamos noivos e logo depois ele vai embora para Santa Catarina. Eu pensava que ele nunca mais voltaria, mas voltou e pra se casar comigo! Após o casamento, eu, moça que num conhecia a capital vou embora para o interior da Bahia. Como eu era louca! Casei-me sem conhecer ninguém da sua família, mas confiava em seu caráter.

Durante muitos anos, o acompanhei nas viagens. Foram dias de alegrias e tristezas. Enterramos três filhos recém-nascidos por esse país. Após alguns anos, fixamos residência em BH, a capital que eu tanto sonhava. Em 1980, nasceu mais uma filha. E depois mais dois meninos.

Esse ano, completaremos 40 anos de casados. Temos três filhos lindos e saudáveis que nos dão muitas alegrias. Hoje, vivendo como eternos namorados, temos a certeza de que tudo valeu a pena e que o amor sempre vence.

6º – Cedipe Barros
VIVA LAS VEGAS

Primeiro dia de aula: Física Experimental. Em meio a um monte de gente desconhecida, resolvi me sentar ao lado de um rapaz alto, magro e de aparelhos nos dentes. Esse foi o pontapé inicial para minha aprovação na matéria! Com o passar do tempo e muito esforço para passar nessa e em outras matérias, comecei a perceber que a intenção dele não era bem somente acadêmica...

Findando o semestre, em um domingo de estudos, comecei a enxergá-lo com outros olhos. Nesse dia, o chamei para sair (não diretamente, mas daquele jeitinho que toda mulher sabe). Fomos a um barzinho de rock que estava tocando anos 80. Não sei se foi culpa do meu ciclo menstrual, da minha ansiedade, do meu nervosismo ou se foi pura idiotice da minha parte... já comecei bebendo 3 caipirinhas, perdendo 3 partidas de sinuca e para completar, continuei a bebedeira tomando cerveja. Resultado (não me lembro dessa parte): chamei ele para dançar, passei a mão na bunda dele, beijei e depois de tentar me recuperar da embriaguez, vomitei bastante dentro do bar! O sentimento óbvio da minha parte no dia seguinte? Vergonha! O dele? Paixão!

Começamos desde lá um namoro que, depois de mais de 6 anos, não poderia ter se transformado em outra coisa a não ser casamento. Só que, para honrar um início de namoro pouco tradicional, escolhemos também por nos casar bêbados. Só que dessa vez em Las Vegas, nas tradicionais capelas onde muitos famosos já fizeram juras de amor eterno e no outro dia tiveram que cancelar o ocorrido.

Só que na nossa história, o que fizemos em Vegas não ficou em Vegas! Foi assistido com transmissão on-line para todos os amigos e familiares (e a quem mais interessasse) e eles puderam assistir de pijama, no conforto de suas casas, o desfecho dessa linda e nada convencional história de amor!

7º – Bruna Teixeira Rodrigues (conta a história da mãe, Sara Ângela Teixeira Rodrigues)
SUPERMERCADO DO AMOR

As pessoas falam que o amor nos encontra quando menos esperamos. E eu acredito, minha história de amor começou quando, no meio de uma briga no supermercado, eu encontrei o homem da minha vida.

Morava com meus pais e tinha recebido meu primeiro salário e decidido fazer as compras do mês para a casa. No supermercado, junto com minha mãe, fui muito mal atendida por uma funcionária e a discussão começou. Ricardo era supervisor e foi ele quem veio resolver o problema. Minha mãe quando olhou pra ele disse: "Sarinha, olha que pão passado na manteiga". Após encerrar a discussão ele disse à atendente, "agora atende minha sogra direito!" (se referindo à minha mãe). Estava nervosa e ignorando a todos.

Quando cheguei em casa, enquanto guardava as compras, meu pai me disse: “Sara, tem um moço no telefone procurando por você”. Era Ricardo, perguntando se podia me ver. Fui um pouco resistente à ideia, mas, nos encontramos e, em menos de um ano, estávamos noivos. Nos conhecemos em 3 de setembro e nos casamos 18 de fevereiro do ano seguinte!

Em 2015, completamos 20 anos de casados, 20 anos de amor, cumplicidade, amizade e companheirismo. E hoje eu agradeço, todos os dias, por ter entrado naquele mercado e ter meu amor ao meu lado. Acredito que todas as coisas aconteceram para que, naquele dia, nós nos encontrássemos. Todas aquelas coisas que cercavam a minha vida se tornaram passageiras e ele permaneceu aqui. Como dito por Nietzsche "Há sempre alguma loucura no amor, mas há sempre um pouco de razão na loucura."

8º – Rachel Pedroso Vidal (conta a história dos sogros)
GUIADOS PELOS ACORDES

Esta é uma história verdadeira, de um amor real, lindo!

No início de 1900, o engenheiro inglês Botheley veio ao Brasil para construir a Ferrovia Cruzeiro (SP) a Três Corações (MG). No Rio de Janeiro, conheceu Amélia, jovem linda, culta, da sociedade local, pianista dos salões da nobreza (D. Pedro II).

Apaixonaram-se, casaram e viveram três anos de felicidade, quando Botheley faleceu. Dessa união nasceram Hilda e Ida, irmãs de personalidades bem diferentes.

Dona Amélia educou-as como muita dificuldade, como professora na zona rural e dando aulas de piano. Já moças, Hilda e Ida também sofreram a perda dos noivos, da primeira, assassinado, e da segunda, pela tuberculose.

Hilda nunca mais se envolveu com um homem. Já Ida, resolveu vir a SP, tentando amenizar a tristeza. Aí, eis que o destino decidiu agir.

Na casa vizinha, vivia uma família (Vidal), com cinco filhos, homens de bem e que tinham, na música, grandes momentos de lazer.

Ida, que aprendera a tocar piano com a mãe, logo, sem mesmo conhecer o músico, mas, pela magia do som do violino, apaixonou-se pelo jovem Gumercindo.

Quando se conheceram, guiados pelos acordes musicais, um amor muito forte floresceu e se perpetuou por mais de 50 anos de total felicidade, sempre ao som de lindas canções, Ida ao piano e Gumercindo ao violino.

9º – Aline di Neves
40 DIAS

Tudo começou numa noite de junho de 2003, com um olhar marcante sobre mim, em uma boate. O dono do olhar profundo se apresentou, chamando-me após “aquele” beijo, de uma forma que se eternizaria: “Minha princesa linda”.

Meus dias se preencheram com uma força maior, uma mistura de medo, esperança, alegria, sendo assim por quase três anos, tendo nossa relação resistido até o Carnaval de 2006, quando terminou por uma crise de ciúmes gerada por um golpe de insegurança, reflexo do excesso de amor que possuíamos.

Foram 40 dias de reflexão... 40 dias de separação que serviram para termos a certeza de que fomos feitos um para o outro. Nosso reencontro foi indescritível: dois casais resolveram sair em uma mesma noite de abril e se direcionaram, no mesmo instante, para a única mesa livre disponível em um bar da capital. Ele com uma mulher e eu com um rapaz paramos, frente a frente, no impasse de quem ocuparia a aquela mesa. O tempo parou, os segundos pareceram anos, os minutos, uma eternidade. O mundo desabou sobre nós, fazendo um sentimento interno explodir em chamas. Saí desolada, tremendo. Da mesma forma, ficou ele ali.

Na manhã seguinte recebi o telefonema mais excitante de toda a minha vida e passamos o dia inteiro juntos, com a certeza de que nunca mais nos separaríamos. Dois meses depois, recebi o segundo convite mais excitante da minha vida: “você quer morar comigo?” Em agosto de 2006, nos mudamos para um apartamento na vizinhança do bar onde nos reencontramos, formalizando a união em dezembro de 2007. Em maio de 2010 nasceu nosso primogênito e em setembro de 2013, o nosso segundo herdeiro. O amor... ah, o amor... é nossa certeza!

10º – Pedro Márlon
GIRASSOL: VOCÊ É MEU SOL

Bruna é uma mulher encantadora. Não só pelos lindos olhos que adornam seu doce sorriso, pela alegria dançante que mora em suas palavras, no seu jeito de ser, sua leve sinceridade – a sinceridade do amor, sem espinhos, suave. Não basta tudo isso para descrever essa sua propriedade de encantar.

Pedro é um rapaz tranquilo, sonhador, músico. Ele sabe que as coisas têm um certo destino, um caminho marcado para acontecerem. Romântico, chegou a sofrer de amor, até que encontrou uma forma tranquila de amar.

Em julho de 2013, Bruna não procurava um romance. Estava leve, dançando um dia de cada vez, conectada à música do mundo. Enquanto isso, Pedro viajava ao Sul a trabalho. Desejava com todas as forças encontrar alguém para amar de verdade.

Enquanto dirigia de madrugada nas estradas escuras do interior do Paraná, Pedro viu percorrer o céu uma estrela cadente. Neste momento, ele fez um pedido: encontrar um amor.

Quando chegou de viagem, escreveu um poema, o qual intitulou “Girassol” e mandou para um amigo musicar.

“Girassol, não tenha pressa

Colhe o sol daquele olhar

Tristeza não interessa

Coração vai se molhar

No chão a terra espessa

Adubada com o sofrer

Dorme ao lhe dar toda a força

Que lhe traz seu bem-querer”


Na mesma semana, foi convidado a uma festa. Chegando lá, encontrou a Bruna, linda feliz, radiante.

Os olhos brilharam, os sorrisos se abriram, mas foram embora ainda sem se beijar. Ao saírem, já de madrugada, olharam para o céu e viram uma estrela cadente.

Um mês depois, em 12 de agosto de 2013, se encontraram em uma festa e se beijaram pela primeira vez. No dia 29 do mesmo mês, aniversário da Bruna, começaram a namorar. Um ano depois ficaram noivos e irão se casar em agosto.

Ao tentar adivinhar sua flor favorita, Pedro acertou ao arriscar: ela ama girassóis.

11º – Luciana Valéria Assis Rocha Eduardo
DÉCADAS DEPOIS

Conheci o Anderson no colégio em que eu estudava. Éramos adolescentes. Nas férias, Anderson e eu não nos encontrávamos mais no colégio. Muitas vezes, ficávamos no portão da minha casa, conversando, ele e uma turma de meninos e meninas. A paixão mútua crescia. Silvana, nossa amiga em comum, era a intermediária. Eu falava do Anderson para ela e o Anderson falava de mim para ela. Eu sabia que ele gostava de mim, mas eu tinha muita vergonha. Silvana e Anderson combinaram: ela o acompanhou até a minha casa, porque ele queria me pedir para namorar, mas estava com muita vergonha, também. Vinte de cinco de fevereiro de 1987, com o coração na boca, respondi “sim” ao seu pedido de namoro e nos beijamos pela primeira vez.

Éramos inseparáveis e apaixonados. Minha festa de quinze anos, no mesmo ano, foi inesquecível. Lembro-me de que, quando fizemos um ano de namoro, ele me deu uma linda caixinha de música, que tenho até hoje. Nosso sentimento era muito puro e forte, porém, por sermos muito jovens, não sabíamos como lidar com isso. Terminamos e reatamos muitas vezes. Foram quase três anos de muita paixão, amor e cumplicidade.

No começo dos anos 1990, fiz intercâmbio para os Estados Unidos. Anderson e eu tínhamos terminado quando fui. Voltei em 1992, procurei por ele, mas ele tinha mudado de Belo Horizonte. Perdemos o contato totalmente.

Vinte e dois anos depois, em 2014, separada recentemente, digitei o nome completo dele em uma rede social. Além de solicitar amizade, mandei uma mensagem para ele. No mesmo dia, ele aceitou minha solicitação, disse estar separado também e que estava morando em BH, de novo. Naquela semana conversamos todos os dias. Relembramos o passado e nos conhecemos novamente. Marcamos um encontro e depois disso nós nunca mais nos separamos. Nosso casamento, depois de tantos anos de espera, está marcado para o fim deste ano.

12º - Gustavo de Castro Ferreira
ESCRITO NAS ESTRELAS

Sexta-feira à noite. Já estava deitado quando uma amiga me chamou para irmos dançar. Eu não estava nem um pouco a fim de sair, mas resolvi acompanhá-la. Mal sabia eu que as mãos do destino me conduziam.

Quando pensava em ir embora, avistei, atravessando o salão, uma garota linda. Foi curioso, porque ela, pequenininha, chamou minha atenção como se tivesse mais de dois metros de altura. Aproximei, tirei-a para dançar, apenas estendendo a mão, sem dizer uma só palavra. E a primeira coisa que disse a ela, quando já estávamos no xote, foi: “quero casar com você e ter dois filhos”. Ela riu. Me apresentei e em seguida ela me disse seu nome: “Mariana”.

Ao final, uma das amigas que estava com ela foi buscar o carro e até jogou o veículo sobre mim, para “encerrar o grude”.

No dia seguinte, o primeiro beijo. Um beijo químico, elétrico, apaixonado. Mariana disse que ali ela teve aquele “estalo”, e acabou contando que duas semanas antes ela tinha ido a uma cartomante, a qual previu que ela iria conhecer uma pessoa com quem iria se casar e ter filhos gêmeos.

Casamos sob a temática Star Wars. Até o convite do casamento foi estilizado parecendo um banner dos filmes. No vídeo de casamento, foram acrescidas as músicas da série, além de um texto introdutório, como se aquele fosse o “Episódio VII” e extras de filmagens mesclando vida real e filme. Em uma dessas falas, meu irmão me chama para “ir para o lado negro dos casados”, e meu pai, após muito ensaio, conseguiu gravar o vídeo: “Obi Wan não te falou a verdade, Gustavo, eu sou seu pai”.

Acabamos ganhando gêmeos, dois cães, coincidindo, ou melhor, confirmando a história da cartomante.

Hoje, temos, além dos dois cães, um gato, duas filhas, e uma vida inteira de amor pela frente.


 

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