Moradores do Condomínio Antares, situado ao lado do viaduto "Batalha dos Guararapes", que desabou na tarde da última quinta-feira (3) estão com medo de ter acontecido abalos na estrutura do prédio onde moram.    Segundo informações da síndica do bloco 6, Raquel Nardim, apesar de nenhuma rachadura ter sido constatada e da afirmação da Defesa Civil de que não há riscos, duas famílias do condomínio passaram a última noite na casa de parentes e mais uma família deixou o local na manhã desta sexta-feira (4), sem previsão de volta.   O estudante Alex Fabiano da Silva, de 22 anos, conta que chegou em casa uma hora depois do acidente junto da irmã e da mãe. Eles pegaram algumas roupas, seguiram para a casa do namorado da mãe e só retornaram hoje no início da tarde. "Na hora, um rapaz da Defesa Civil falou pra gente não ficar. Na dúvida, preferimos sair", conta.      Uma parte do muro foi trincada após o desmoronamento. A técnica de segurança Sabrina Dayrell, de 26 anos, teme pela segurança, caso parte da estrutura caia. "A Defesa Civil diz que não tem perigo, mas ficamos com medo. E se esse muro cair quando uma criança passar?", questiona.    Uma advogada foi contratada pelos condôminos. Ela trabalha em favor deles desde o início das obras, quando parte do terreno do residencial foi desapropriada. Segundo a síndica do bloco 9, Senita Meireles, de 43 anos, até hoje os moradores não receberam indenização.      Outra queixa deles, é a desvalorização do imóvel. "Desde o início das obras nosso apartamento não estava valendo nada. Agora, então, vai piorar ainda mais", disse Raquel Nardim. Os moradores vão se reunir na tarde desta sexta-feira (4) para discutirem uma passeata que pretendem fazer neste sábado (5), reivindicando explicações sobre o acidente que, ele dizem, afetou a rotina deles.

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