Condenado pela morte de Eliza Samudio, Bola volta ao banco dos réus por outro homicídio

Cinthya Oliveira
08/04/2019 às 16:27.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:08

Um dos condenados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como "Bola", será julgado nesta semana por outro crime. Na manhã de quarta-feira (10), ele vai a Júri Popular no julgamento referente ao homicídio de um motorista no bairro Juliana, região Norte de Belo Horizonte, em 2009.

Um comerciante também será julgado pelo mesmo crime. O júri popular no Fórum Lafayette será presidido pela magistrada Myrna Fabiana Monteiro Souto.

Bola cumpre pena na Casa de Custódia da Polícia Civil, na capital. Ele foi condenado, em 2013, a 22 anos de prisão, pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. O crime teria acontecido a mando do goleiro Bruno Fernandes, que também cumpre pena.

Crime passional

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas, o comerciante teria descoberto que sua esposa tinha um relacionamento amoroso com o motorista e decidiu matá-lo. O comerciante teria contratado Bola para executar o crime.

Segundo os relatos nos autos, no dia do crime o motorista caminhava próximo à sua casa no bairro Juliana, quando foi abordado pelo ex-policial, que o cumprimentou para se certificar de sua identidade, atirou e fugiu em seguida.

O comerciante, que teria encomendado o assassintao, e o ex-policial, que teria executado, foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, mediante promessa de recompensa e com dificuldade de defesa para a vítima.

De acordo com Ércio Quaresma, advogado de Bola, seu cliente nega a autoria do crime. “O caso se baseia no relato de uma testemunha inocular, que padece de problema oftalmológico e diz que reconheceu o meu cliente à noite. A testemunha identificou o assassinao como um homem branco de 1,80m, mas o meu cliente tem 1,70m”, explica o advogado. “O Bola mesmo falou na época que todo 'cachorro' seria colocado na conta dele. E é o que está acontecendo, pois não há provas contra ele”.

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