Confirmado segundo caso de febre Chikungunya em Minas

Cristina Barroca - Hoje em Dia
20/10/2014 às 12:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:41
 (James Gathany)

(James Gathany)

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) confirmou na manhã desta segunda-feira (20) o segundo caso de febre Chikungunya no Estado. O registro foi feito em Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce e a paciente é uma mulher, de 34 anos. Os sintomas começaram a aparecer no início do mês de outubro, mas especificamente no dia 8. A Fundação Ezequiel Dias em Minas Gerais (Funed) confirmou a infecção.

Há suspeitas de que a paciente tenha adquirido a doença na Venezuela. Apesar da fase aguda da doença, a paciente foi liberada para continuar o tratamento em caso, após ter sido medicada por uma infectologista.

Em nota, o SES/MG informou que investiga o caso e, que se necessário, serão aplicadas ações de controle de vetores e mobilizações social. A secretaria se prepara para atuar de forma complementar com o município e Ministério da Saúde.

Primeiro caso

O primeiro caso de transmissão de Febre Chikungunya no Estado foi confirmado há um pouco mais de uma semana. A paciente era também do sexo feminino, de 48 anos, moradora de Matozinhos.
 
De acordo com a SES, a mulher se queixava apenas de dores fracas nas articulações dos ombros, quadril e joelhos. Como a paciente não esteve fora do Estado nem do Brasil recentemente, a suspeita é de que ela tenha sido infectada no próprio município.
 
Há outros 10 casos suspeitos sendo investigados (Montes Claros, Contagem, Belo Horizonte, Viçosa, Pitangui, Ipatinga, Lavras e Varginha). E mais outras quatro suspeitas foram descartadas (Mato Verde, Itaúna, Alfenas, Santo Antônio do Monte).


Chikungunya
 
A Febre Chikungunya é transmitida pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) a infecção pelo vírus Chinkungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. O período médio de incubação da doença é de três a sete dias, podendo variar de 1 a 12 dias. Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus.
 
A doença pode se manifestar de forma aguda, subaguda e crônica. Em sua fase aguda, os sintomas aparecem de forma brusca, com febre alta, cefaleia, mialgia e artralgia. Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.
 
A prevenção é o combate a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus, os mesmos transmissores da dengue. A SES informou que já está adotando todos os procedimentos de vigilância necessários.

 

 

Cuidados

A SES ressalta ser fundamental a participação ativa da população em manter os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos causadores tanto da dengue, quanto da Chikungunya. Apesar do período de estiagem, é recomendado não deixar a água parada, principalmente limpa, em qualquer tipo recipiente.

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